Meta aposta em IA generativa em jogos para tentar salvar o Metaverso

Por Luciano Rodrigues
Meta aposta em IA generativa em jogos para tentar salvar o Metaverso - Imagem: Dall-E

A Meta está intensificando seus esforços para integrar mais tecnologia de Inteligência Artificial generativa em jogos, especialmente em realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e jogos de realidade mista. A iniciativa faz parte da estratégia da empresa para revitalizar seu metaverso, que enfrenta um declínio.

De acordo com uma recente lista de empregos, a Meta está em busca de profissionais para pesquisar e prototipar “novas experiências de consumidor” com jogabilidade inovadora impulsionada por IA generativa, com a capacidade de criar jogos que “mudam toda vez que você os joga” e seguem caminhos “não determinísticos”.

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Além disso, a empresa planeja desenvolver ou colaborar com criadores e fornecedores terceirizados para criar ferramentas generativas que possam “melhorar o fluxo de trabalho e o tempo de lançamento no mercado” para jogos.

O principal foco será a família Horizon, que abrange jogos, aplicativos e recursos de criação do metaverso da Meta. Contudo, a empresa também considera expandir essas inovações para jogos e experiências em plataformas “não-Meta”, como smartphones e PCs.

“A inovação neste espaço pode ter um efeito dramático no ecossistema, aumentando a eficiência e permitindo a criação de muito mais conteúdo”, menciona a lista de vagas da Meta.

A nova estratégia da Meta para jogos com IA generativa

Os novos esforços da Meta surgem em um momento em que a divisão Reality Labs ainda busca um produto de sucesso.

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Apesar de ter vendido milhões de unidades do headset Meta Quest, a empresa enfrenta dificuldades para atrair usuários para sua plataforma de realidade mista Horizon, além de lidar com perdas operacionais bilionárias.

Recentemente, a Meta ajustou sua estratégia de metaverso, permitindo que fabricantes de headsets terceirizados licenciasssem alguns dos recursos baseados em software do Quest, como rastreamento de mãos e corpo.

Paralelamente, a empresa aumentou os investimentos em projetos de jogos metaversos, aparentemente impulsionada pelo interesse pessoal do CEO Mark Zuckerberg em desenvolver jogos para headsets Quest.

A Meta já demonstrou interesse em experiências de metaverso de IA generativa anteriormente.

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Em 2022, Zuckerberg apresentou o Builder Bot, um protótipo que permitia a construção de partes de mundos virtuais através de comandos de voz e, no ano passado, Andrew Bosworth, CTO da Meta e chefe do Reality Labs, destacou ferramentas de IA generativas que poderiam “nivelar o campo de jogo” na criação de conteúdo do metaverso.

A IA generativa está ganhando espaço no desenvolvimento de jogos, com empresas como Inworld e Artificial Agency utilizando a tecnologia para criar diálogos e narrativas mais dinâmicos.

Plataformas diversas agora oferecem ferramentas para gerar ativos de arte e vozes de personagens via IA, o que tem gerado preocupação entre alguns criadores de jogos sobre seus empregos.

No início deste ano, a Meta anunciou planos de investir bilhões em IA generativa, formando uma nova equipe focada em produtos como personagens e anúncios de IA.

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Em abril, Zuckerberg alertou que a empresa levaria “anos” para lucrar com a IA generativa, sugerindo que os investimentos não mudariam a situação da Reality Labs tão cedo.

Tudo isso mostra que a Meta está disposta a investir, mesmo sabendo que o retorno pode ser apenas a longo prazo.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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