A Meta não esperou a segunda-feira. A empresa escolheu um sábado para lançar sua nova linha de modelos de inteligência artificial, o Llama 4.
O lançamento de surpresa sacudiu o mercado de tecnologia. Porém, a Meta retomou os holofotes no disputado cenário da IA. Com o Llama 4, a empresa reforça sua ambição no setor.
Llama 4 traz nova safra de modelos com foco em visão e desempenho
A nova coleção inclui quatro modelos: Llama 4 Scout , Llama 4 Maverick , Llama 4 Behemoth e uma versão-base ainda não nomeada. A Meta treinou os modelos com grandes volumes de texto , imagens e vídeos para garantir alta capacidade de compreensão multimodal .
Entre os modelos, Scout e Maverick já estão disponíveis para desenvolvedores através do site Llama.com e Hugging Face , uma das principais plataformas de código aberto em IA. O Behemoth, modelo mais robusto da linha, ainda segue em fase de treinamento.
Além disso, a empresa atualizou também o Meta AI, seu assistente virtual integrado ao WhatsApp, Messenger e Instagram. Agora, o assistente roda com tecnologia Llama 4 em 40 países. No entanto, os recursos multimodais seguem restritos ao inglês e aos usuários nos Estados Unidos.
Competição com DeepSeek acelerou desenvolvimento da Meta
A corrida por modelos mais eficientes não dá trégua. A Meta acelerou o lançamento do Llama 4 depois que o laboratório chinês DeepSeek lançou modelos abertos que superaram as versões anteriores do Llama em desempenho e custo.
Internamente, a Meta reagiu com urgência. Fontes relatam que engenheiros montaram “salas de guerra” para entender como o DeepSeek conseguiu reduzir custos operacionais com os modelos R1 e V3. O resultado foi uma resposta rápida e estratégica com o Llama 4.
Apesar da empolgação, o lançamento também trouxe restrições. A Meta proibiu o uso dos modelos por desenvolvedores e empresas com sede ou operação principal na União Europeia. A decisão reflete o impacto das rígidas leis de privacidade e regulações de IA da região, que a Meta já criticou publicamente.
Ainda mais, outro ponto sensível envolve grandes empresas, qualquer organização com mais de 700 milhões de usuários ativos mensais precisa solicitar uma licença especial para usar os modelos. A Meta não garante a aprovação e mantém controle total sobre essas concessões.
Com o Llama 4, a Meta mira o topo do mercado de IA. A empresa aposta em modelos potentes, mas também impõe limites claros sobre quem pode usá-los e onde.