- Aurora prevê tufões com quatro dias de antecedência
- Microsoft libera código-fonte da IA para pesquisadores
- Previsões climáticas agora são geradas em segundos
A Microsoft apresentou nesta semana o Aurora, um modelo de inteligência artificial que prevê com precisão a qualidade do ar, furacões e tufões. A empresa afirmou que essa nova tecnologia supera métodos meteorológicos tradicionais em velocidade e precisão.
O anúncio ocorreu junto à publicação de um artigo na revista Nature e de um post oficial no blog da empresa. A Microsoft destacou que o Aurora oferece previsões atmosféricas mais rápidas e detalhadas, graças ao seu treinamento com mais de um milhão de horas de dados coletados de satélites, radares, estações meteorológicas e simulações.
Aurora prevê eventos extremos com mais precisão
Durante os testes, o Aurora antecipou a chegada do tufão Doksuri às Filipinas quatro dias antes do evento real, superando previsões feitas por especialistas. Além disso, o modelo superou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos ao prever trajetórias de ciclones tropicais com cinco dias de antecedência, na temporada de 2022-2023.
A inteligência artificial também previu com sucesso a tempestade de areia que atingiu o Iraque em 2022. Esses resultados reforçam a capacidade do Aurora de lidar com eventos climáticos complexos, como furacões e tempestades severas, com uma eficiência superior aos sistemas atuais.
Tecnologia já está disponível para o público
A Microsoft informou que o código-fonte e os pesos do modelo Aurora estão disponíveis publicamente, permitindo que pesquisadores e instituições explorem e aprimorem o sistema. A empresa já integrou uma versão especializada do Aurora ao aplicativo MSN Weather, oferecendo previsões de hora em hora, incluindo dados sobre cobertura de nuvens.
Apesar de exigir infraestrutura computacional robusta durante o treinamento, o Aurora se destaca pela eficiência na execução. O modelo gera previsões em segundos, enquanto sistemas tradicionais podem levar horas usando supercomputadores.
Com o Aurora, a Microsoft amplia sua presença no campo das previsões climáticas baseadas em inteligência artificial, competindo diretamente com iniciativas como o WeatherNext, desenvolvido pelo Google DeepMind. A empresa acredita que a ferramenta pode beneficiar não apenas a indústria, mas também laboratórios de pesquisa em ciência do clima.