A Microsoft anunciou o lançamento do Bing Generative Search, sua resposta às experiências de busca generativa com inteligência artificial que o Google vem desenvolvendo.
Após um teste inicial em julho, o recurso começou a ser disponibilizado para usuários nos Estados Unidos, com uma opção de ativação direta ao pesquisar “Bing Generative Search” no próprio Bing.
A ferramenta promete fornecer resumos detalhados sobre temas variados, complementando os resultados tradicionais de pesquisa.
A busca gerativa do Bing utiliza uma combinação de modelos de IA para agregar informações de várias fontes da web, gerando resumos em resposta a consultas de pesquisa.
Por exemplo, ao buscar “O que é um western spaghetti?”, o Bing exibe uma descrição histórica do gênero cinematográfico, além de exemplos e links para fontes relevantes.
Isso se assemelha ao recurso AI Overviews do Google, que também oferece uma opção para o usuário alternar entre os resumos gerados por IA e os resultados de pesquisa convencionais.
Bing Generative Search busca se destacar mas confiabilidades das IAs ainda é questionável
Segundo a Microsoft, o Bing Generative Search vai além de fornecer respostas diretas.
A empresa afirma que o novo recurso interpreta a intenção por trás das consultas de pesquisa, analisando milhões de fontes de informação, combinando conteúdos de forma dinâmica e gerando os resultados em tempo real.
O recurso também marca uma evolução das respostas geradas por IA que a Microsoft implementou no Bing em fevereiro de 2023.
Entretanto, a confiabilidade de resultados gerados por IA tem sido amplamente discutida e exemplos recentes mostram que as plataformas de busca generativa ainda podem falhar.
O AI Overviews do Google, por exemplo, sugeriu erroneamente que se colocasse cola em uma pizza. Outros motores de busca com IA, como o Arc Search, chegaram a afirmar que dedos cortados podem crescer novamente, e o Genspark gerou recomendações perigosas envolvendo armas.
Além de erros, a utilização de resumos gerados por IA levanta preocupações sobre a canibalização do tráfego para os sites de onde as informações são retiradas.
Estudos mostram que as visões gerais de IA do Google já afetam o tráfego de editores, com uma redução de até 25% nos cliques para os sites originais.
A Microsoft, por sua vez, afirmou em julho que está monitorando de perto o impacto da busca generativa no tráfego dos editores e compartilhou dados preliminares indicando que o Bing Generative Search manteve o número de cliques para os sites.
Mesmo com essa nova funcionalidade, o impacto do Bing Generative Search no mercado de buscas pode ser limitado devido à dominância do Google.
Dados da Statista revelam que o Google detinha uma participação de 81,95% no mercado global de buscas em setembro de 2024, enquanto o Bing possuía apenas 10,51%.