OpenAI estuda nova governança para evitar oferta de aquisição de Elon Musk

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A OpenAI está avaliando conceder novos direitos de voto ao seu conselho sem fins lucrativos para proteger a governança da empresa e evitar uma aquisição hostil de Elon Musk.

Segundo o Financial Times, a mudança garantiria que o braço sem fins lucrativos mantivesse controle sobre a empresa, limitando a influência de investidores como por exemplo a Microsoft e SoftBank.

A proposta surge após Musk e um grupo de investidores ofertarem R$ 554,31 bilhões (US$ 97,4 bilhões) para adquirir a OpenAI.

O CEO da empresa, Sam Altman, rejeitou publicamente a proposta, afirmando que a OpenAI “não está à venda”. Ele ainda ironizou a situação, sugerindo que poderia comprar o Twitter por R$ 5,54 bilhões (US$ 9,74 bilhões). Esse valor é cerca de 80% menor do que Musk pagou na época.

OpenAI pode adotar medidas contra aquisição hostil

Além da possibilidade de ampliar os poderes do braço sem fins lucrativos, a OpenAI também pode adotar uma pílula de veneno. O termo se refere a um mecanismo que permite aos acionistas comprarem ações com desconto para dificultar aquisições hostis. O Twitter utilizou essa mesma estratégia em 2022, antes de aceitar a oferta de compra de Musk.

A OpenAI foi criada em 2015 como uma organização sem fins lucrativos, mas passou a operar sob um modelo de lucro limitado em 2019. Com a transição planejada para uma corporação de benefício público com fins lucrativos, a empresa busca manter o equilíbrio entre inovação tecnológica e compromisso com causas sociais, como por exemplo educação, ciência e saúde.

A tentativa de Musk de adquirir a OpenAI ocorre em meio a um embate judicial. O empresário processou a empresa para impedir sua conversão em uma entidade lucrativa, alegando que isso viola sua missão original de desenvolver IA para o benefício da humanidade. Mas com a nova governança em discussão, a OpenAI pode neutralizar a oferta de Musk e garantir que suas decisões estratégicas permaneçam sob controle interno.