OpenAI lança o Operator, que assume o controle do computador, operando navegador e fazendo tarefas

Por Luciano Rodrigues
Imagem: Dall-E

Nessa quinta-feira (24), a OpenAI anunciou o Operator, um agente de inteligência artificial capaz de assumir o controle de um navegador da web e executar ações de forma autônoma.

A ferramenta, que foi anunciada no final do ano passado, está em fase de prévia de pesquisa e chega inicialmente aos assinantes do plano ChatGPT Pro (R$ 1.178,38 / US$ 200/mês) nos EUA, com expansão gradual para usuários Plus, Team e Enterprise.

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O CEO da OpenAI, Sam Altman, disse que a Europa terá que esperar um pouco mais.

Enquanto isso, o Operator já está acessível em operator.chatgpt.com, mas a empresa planeja integrá-lo em breve a todos os clientes do ChatGPT.

Ao ativar o Operator, os usuários veem uma janela dedicada onde o agente opera um navegador, executando tarefas como reservar hotéis, fazer compras online ou garantir ingressos para eventos.

A interface oferece categorias específicas — viagens, compras, jantar — e explica cada ação em tempo real.

Enquanto o Operator trabalha, o usuário pode interagir com outras abas, já que o agente utiliza um navegador separado.

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A tecnologia por trás do Operator é o Computer-Using Agent (CUA), que combina a visão avançada do GPT-4o com habilidades de raciocínio lógico.

Diferente de APIs tradicionais, o CUA interage diretamente com elementos visuais de sites, clicando em botões e preenchendo formulários como um humano.

Parcerias com empresas como Uber, DoorDash e eBay garantem que o Operator respeite termos de serviço e políticas de cada plataforma.

Limitações do Operator e preocupação com privacidade

A OpenAI informou em um comunicado que o CUA solicita confirmação do usuário antes de finalizar ações críticas, como enviar um e-mail ou confirmar uma compra”. Apesar disso, a empresa reconhece que o agente ainda não é infalível.

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A OpenAI alerta que o Operator não executa tarefas complexas, como criar apresentações ou gerenciar calendários detalhados.

Além disso, em transações sensíveis (como pagamentos), o usuário precisa inserir dados manualmente.

A ferramenta também enfrenta dificuldades com interfaces não padronizadas, CAPTCHAs ou campos de senha, situações em que pede intervenção humana.

Para evitar riscos, a OpenAI implementou limites de uso diário e restringiu ações como exclusão de e-mails ou eventos.

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Um sistema de monitoramento bloqueia atividades suspeitas, enquanto atualizações contínuas buscam reforçar a segurança.

Enquanto concorrentes como Google, Anthropic e Rabbit já exploram agentes de IA, a OpenAI optou por um lançamento cauteloso.

A preocupação é clara: agentes autônomos podem ser usados para golpes, ataques cibernéticos ou até monopolizar recursos online.

Ainda assim, o Operator representa um avanço significativo, apesar de riscos envolvendo privacidade do usuário, como o fato de que ele pode armazenar chats e capturas de tela associadas de clientes por até 90 dias, 60 dias a mais do que o ChatGPT.

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A OpenAI rebate dizendo que isso é feito para combater abusos:

Como os agentes são uma tecnologia relativamente nova, queríamos garantir que nossas equipes tenham tempo para entender e revisar melhor os potenciais vetores de abuso. Este período de retenção nos permite aprimorar o monitoramento de fraudes e garantir que o produto permaneça seguro contra uso indevido, ao mesmo tempo em que dá aos usuários controle sobre seus dados.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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