- OpenAI define preços altos para agentes de IA, gerando debate.
- Voice Engine segue sem data de lançamento, com testes restritos.
- SoftBank investe R$ 17 bilhões nos novos produtos da OpenAI.
A OpenAI pretende oferecer agentes de IA voltados para diferentes segmentos do mercado, com valores que passam de R$ 115 mil por mês.
De acordo com o The Information, os planos incluem um agente de IA para trabalhadores do conhecimento de alta renda, que custará R$ 11.520 (US$ 2.000) por mês. Outro, voltado para desenvolvedores de software, terá um custo mensal de R$ 57.600 (US$ 10.000). Já o agente mais avançado, projetado para pesquisas acadêmicas de nível doutorado, será o mais caro, chegando a R$ 115.200 (US$ 20.000) por mês.
Ainda não está claro quando esses agentes estarão disponíveis ou quais clientes poderão adquiri-los. No entanto, o SoftBank, um dos principais investidores da OpenAI, já se comprometeu a investir R$ 17,28 bilhões (US$ 3 bilhões) neste ano na compra desses produtos.
A decisão da OpenAI de lançar esses agentes faz parte de sua estratégia para lidar com os altos custos operacionais. A empresa perdeu aproximadamente R$ 28,8 bilhões (US$ 5 bilhões) em 2024, devido ao alto custo de execução de seus serviços.
Voice Engine da OpenAI ainda enfrenta desafios para lançamento
Paralelamente ao desenvolvimento de seus agentes de IA, a OpenAI continua testando o Voice Engine. A ferramenta, que promete clonar a voz de qualquer pessoa a partir de apenas 15 segundos de áudio, foi anunciada há um ano, mas segue em pré-visualização, com acesso restrito a um grupo limitado de parceiros.
A empresa não revelou quando será lançado publicamente, mas afirma que está trabalhando para garantir a segurança e a ética no uso da ferramenta. Entre as medidas de proteção em estudo estão marca d’água em áudios gerados, um sistema de verificação de identidade por voz. Além disso, estão garantidas restrições para evitar a clonagem de vozes de figuras públicas sem autorização.
O potencial da tecnologia é significativo, especialmente em áreas como terapia da fala, aprendizado de idiomas e acessibilidade. Empresas como a Livox, por exemplo, que desenvolve soluções para pessoas com deficiência, já testam a ferramenta. O uso comercial, no entanto, ainda não está permitido.
Enquanto a OpenAI avalia a melhor forma de disponibilizar o Voice Engine, cresce a preocupação com deepfakes e fraudes que utilizam IA para enganar pessoas e instituições. A clonagem de voz por IA já é considerada um dos avanços tecnológicos mais rápidos de 2024, e a necessidade de regulamentação se torna cada vez mais urgente.