Pesquisador do GPT-4.5 tem green card barrado

  • OpenAI perde talento-chave após negação de green card
  • Repressão migratória ameaça liderança dos EUA em IA
  • Cientistas estrangeiros enfrentam crescente hostilidade nos Estados Unidos

O pesquisador Kai Chen, canadense e colaborador direto no desenvolvimento do GPT-4.5, precisa deixar os Estados Unidos após receber a negativa de seu pedido de residência permanente.

A notícia veio a público por meio de Noam Brown, cientista sênior da OpenAI, que divulgou o caso na rede social X.

Brown classificou a decisão como “profundamente preocupante”. Ele destacou a contribuição de Chen para o avanço da inteligência artificial e alertou: “Estamos colocando em risco a liderança americana em IA ao rejeitar talentos como este.”

Contribuição reconhecida, permanência negada

Outro colaborador da OpenAI, Dylan Hunn, reforçou o papel essencial de Chen no desenvolvimento do GPT-4.5. Mesmo com o green card negado, Chen manterá o emprego e continuará trabalhando remotamente, inicialmente a partir de um Airbnb em Vancouver, no Canadá.

A negação do green card não veio com explicações públicas. No entanto, ela se encaixa em uma tendência mais ampla. Sob o governo Trump, vários pedidos de residência permanente foram suspensos, mesmo entre profissionais altamente qualificados.

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Repressão crescente à imigração afeta setor de IA

O caso de Chen reflete um cenário mais amplo. Mais de 1.700 estudantes internacionais enfrentaram desafios semelhantes nos últimos meses. Autoridades acusaram alguns de envolvimento com grupos militantes ou de comportamentos supostamente antissemitas, enquanto outros foram punidos por pequenas infrações legais.

Ao mesmo tempo, o governo intensificou o escrutínio sobre vistos H1-B, exigindo informações extras como dados biométricos e endereços residenciais. A OpenAI, por exemplo, solicitou mais de 80 desses vistos só no último ano, segundo Shaun Ralston, que atua na empresa com suporte a clientes de API.

A dependência da indústria de IA dos talentos internacionais é clara. Estudos mostram que 66% das startups de IA mais promissoras dos EUA têm fundadores imigrantes. Além disso, 70% dos alunos de pós-graduação em IA nos EUA são estrangeiros.

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