Kim Dotcom, fundador do Megaupload, será extraditado para os EUA para enfrentar acusações de pirataria

Por Luciano Rodrigues
Kim Dotcom, fundador do Megaupload, será extraditado para os EUA para enfrentar acusações de pirataria - Imagem: Dall-E

O empresário da internet Kim Dotcom, conhecido por fundar o serviço de compartilhamento de arquivos Megaupload, está prestes a ser extraditado para os Estados Unidos para enfrentar uma série de acusações criminais que remontam há mais de uma década.

A decisão foi oficializada pelo Ministro da Justiça da Nova Zelândia, Paul Goldsmith, que assinou a ordem de extradição, conforme relatado pela Reuters.

Dotcom, nascido Kim Schmitz na Alemanha, foi acusado pelas autoridades americanas de causar prejuízos de mais de US$ 500 milhões aos estúdios de cinema e gravadoras, ao permitir que os usuários de sua plataforma compartilhassem conteúdo pirateado.

O Megaupload, lançado em 2005, rapidamente se tornou um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos do mundo, atraindo milhões de usuários diários até seu fechamento em 2012 pelo Departamento de Justiça dos EUA.

Dotcom se defende e diz que não pode ser responsabilizado por conteúdo de terceiros

Após se mudar para a Nova Zelândia em 2010, Dotcom foi alvo de uma operação policial em sua mansão em Auckland, coordenada pelo FBI e pelas autoridades locais.

Desde então, ele tem lutado judicialmente contra a extradição para os Estados Unidos, enfrentando acusações de extorsão, lavagem de dinheiro e violação de direitos autorais.

Em resposta à decisão de extradição, Dotcom criticou a Nova Zelândia, afirmando em uma postagem no X (anteriormente Twitter) que o país, que ele chamou de “colônia obediente dos EUA no Pacífico Sul”, estava entregando-o por atividades cometidas por usuários do Megaupload, sem seu conhecimento prévio.

A defesa de Dotcom sempre argumentou que ele não deveria ser responsabilizado pelo conteúdo carregado por terceiros na plataforma.

Enquanto Dotcom enfrenta um futuro incerto nos Estados Unidos, outros dois ex-executivos do Megaupload, Mathias Ortmann e Bram van der Kolk, já enfrentaram a justiça.

Ambos receberam sentenças de prisão de 31 e 30 meses, respectivamente, no ano passado, após terem assinado acordos judiciais que lhes permitiram evitar a extradição.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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