- .4chan volta a funcionar depois de duas semanas fora do ar.
- Hacker usou falso PDF para invadir servidores do 4chan.
- Site desabilitou uploads e quadro de Flash por segurança.
O 4chan voltou ao ar depois de enfrentar uma das maiores crises de sua história. Um ataque hacker tirou o infame fórum de imagem do ar por quase duas semanas, derrubando seus servidores e comprometendo dados sensíveis e partes do código-fonte.
O incidente começou em 14 de abril, quando um invasor, utilizando um endereço IP do Reino Unido, explorou uma vulnerabilidade usando o envio de um falso arquivo PDF. O hacker conseguiu acessar tabelas de banco de dados, exfiltrar informações confidenciais e vandalizar o site. Tudo isso, antes que os moderadores detectassem a atividade e derrubassem os servidores para conter o ataque.
Hack expôs falhas estruturais do 4chan e trouxe novas limitações
A equipe do 4chan descreveu os danos como “catastróficos”. Em um comunicado no blog oficial, o fórum admitiu que o problema decorreu da falta de mão de obra qualificada e do orçamento limitado, resultado de anos de boicote por anunciantes e provedores de serviços.
Anunciantes e provedores de pagamento dispostos a trabalhar com o 4chan são raros e rapidamente pressionados por ativistas a cancelar seus serviços – afirmou a equipe.
Como consequência do ataque, o 4chan desativou temporariamente o upload de PDFs e removeu um quadro dedicado a animações em Flash, alegando não haver maneira segura de evitar novas explorações usando arquivos .swf.
Na tarde de domingo (27), o site já apresentava fóruns e páginas ativas, embora o carregamento de imagens, miniaturas e postagens ainda estivesse instável. Mesmo diante da fragilidade técnica, a equipe demonstrou resiliência, dizendo não iriam desistir de mantê-lo no ar.
O episódio destaca não apenas os riscos de segurança enfrentados por fóruns independentes, mas também a dependência de infraestrutura tecnológica robusta e investimentos contínuos. O ataque também espalhou desinformação nas redes sobre dados privados de usuários supostamente comprometidos, mas ninguém confirmou essas informações