Apagão cibernético causa caos global, afetando voos, bancos e serviços de comunicação

Por Luciano Rodrigues
Apagão cibernético causa caos global, afetando voos, bancos e serviços de comunicação - Imagem: Dall-E

Um apagão cibernético global, ocorrido nesta sexta-feira (19), está causando grandes atrasos em voos, além de prejudicar serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo. O problema foi relacionado a sistemas que utilizam Windows, fornecidos pela empresa de segurança digital CrowdStrike.

A Microsoft informou que a falha já foi resolvida, embora problemas residuais ainda possam ocorrer. Não há evidências de que o apagão esteja ligado a um ataque hacker.

As principais companhias aéreas dos Estados Unidos, como American Airlines, United e Delta, paralisaram todos os voos.

Em contraste, a JetBlue, que opera majoritariamente voos domésticos nos EUA, manteve suas operações normais.

O Aeroporto de Viracopos, em Campinas, confirmou que o apagão afetou o sistema da Azul Linhas Aéreas, mas outros aeroportos e companhias relataram operações relativamente normais.

No Brasil, usuários reclamam que aplicativos de bancos estão fora do ar, e bolsas de valores ao redor do mundo enfrentaram intercorrências nas operações.

Relatos de problemas também surgiram de grandes aeroportos na Europa e na Índia, com atrasos significativos em voos. Em Berlim, todas as decolagens foram suspensas por algumas horas, enquanto no aeroporto de Singapura, várias companhias aéreas realizaram o check-in manualmente.

A CrowdStrike confirmou que está ciente das falhas no sistema operacional Windows relacionadas ao sensor “Falcon”.

A empresa, conhecida por fornecer serviços de cibersegurança para grandes empresas globais, está trabalhando para resolver o problema.

Além de voos e bancos, apagão afetou outros serviços

Além das interrupções no setor aéreo e bancário, o apagão cibernético também afetou redes de TV e outros serviços de comunicação.

A Sky News, uma das principais redes de notícias do Reino Unido, ficou fora do ar, e problemas foram registrados em duas das maiores emissoras da França, TF1 e Canal+. Na Austrália, a rede estatal ABC teve sua programação completamente paralisada.

Nos Estados Unidos, o serviço de emergência 911 ficou fora do ar no Alasca, e serviços bancários e de mídia na Austrália e Nova Zelândia também foram afetados.

Na Europa, sistemas de trem e serviços de saúde enfrentaram interrupções significativas, com cancelamentos de cirurgias eletivas em dois hospitais na Alemanha.

Em resposta ao apagão, a Autoridade Aeroportuária de Hong Kong anunciou que as companhias aéreas mudaram para procedimentos de check-in manual, evitando maiores impactos nos voos.

Na França, o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris ativou planos de contingência para continuar as operações, garantindo que a venda de ingressos não fosse afetada.

A falha cibernética sublinha a vulnerabilidade das infraestruturas digitais globais e a necessidade de sistemas robustos de segurança cibernética para prevenir futuras interrupções de grande escala.

A CrowdStrike e a Microsoft continuam trabalhando juntas para mitigar os efeitos do apagão e restaurar a normalidade nos serviços afetados.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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