Apagão cibernético global causou pânico e gerou desinformação

Por Luciano Rodrigues
Apagão cibernético global causa pânico e gera desinformação - Imagem: Dall-E

Na manhã desta sexta-feira (19), o mundo foi atingido por uma das interrupções de TI mais significativas de todos os tempos, causado por uma atualização defeituosa da CrowdStrike, uma fornecedora de serviços de segurança digital, o que gerou caos e desinformação.

Durante esse caos, uma imagem do Sphere, a nova e ostentosa adição ao horizonte de Las Vegas, exibindo a famosa “tela azul da morte” do Windows, circulou amplamente no X (anteriormente Twitter), acumulando milhões de visualizações. No entanto, um representante do Sphere confirmou que a imagem foi alterada digitalmente e que a estrutura não foi afetada pelo apagão.

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Seria fácil acreditar que a imagem fosse real, dada a visibilidade de telas azuis da morte em aeroportos e hospitais ao redor do mundo. No entanto, esta imagem era a única “evidência” de que o Sphere havia sido afetado, o que não passou de um exemplo de desinformação.

Publicações como o Daily Mail e o Express Tribune relataram a imagem como se fosse verdadeira. Entretanto, a transmissão ao vivo do Sphere no YouTube mostrou que a estrutura estava funcionando normalmente.

Desinformação e pânico global

A imagem falsa do Sphere destacou a facilidade com que informações imprecisas podem se espalhar online durante momentos de confusão e pânico global. Além disso, termos como “ataque cibernético” tornaram-se tendências no X, e as pesquisas por “ataque cibernético” dispararam no Google.

No entanto, de acordo com o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, o incidente não foi um ataque cibernético, mas sim uma falha causada por uma atualização defeituosa que afetou os hosts do Windows.

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A falha da atualização do CrowdStrike causou atrasos significativos em voos, prejudicou serviços bancários e de comunicação globalmente. As companhias aéreas American Airlines, United e Delta paralisaram todos os voos, enquanto no Brasil, usuários relataram problemas em aplicativos bancários.

Além disso, bolsas de valores em todo o mundo enfrentaram intercorrências nas operações.

A interrupção afetou aeroportos, redes de TV e outros serviços ao redor do mundo. No Aeroporto de Madri, na Espanha, houve atrasos e filas. Na Alemanha, todas as decolagens em Berlim foram suspensas por algumas horas. Nos Estados Unidos, o serviço de emergência 911 ficou fora do ar no Alasca, e na Austrália, a rede estatal ABC teve sua programação interrompida.

O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris também relatou problemas de TI a uma semana do início das competições e, embora a venda de ingressos não tenha sido afetada, o incidente destacou a necessidade de sistemas robustos e resilientes para evitar interrupções significativas durante grandes eventos.

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Em suma, o apagão cibernético global destacou a vulnerabilidade dos sistemas digitais a falhas de software e a rapidez com que desinformação pode se espalhar, exacerbando o pânico e a confusão.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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