O Guardian, um dos jornais mais respeitados do Reino Unido, anunciou que não postará mais em sua conta oficial no X (anteriormente Twitter), decisão que reflete uma avaliação cuidadosa dos prós e contras de manter uma presença ativa na plataforma.
Segundo o jornal, as preocupações com o conteúdo perturbador promovido no X, incluindo teorias da conspiração e retóricas de extrema-direita, pesaram na escolha.
Nos últimos tempos, a campanha presidencial dos EUA ressaltou o impacto do X como um espaço de mídia polarizadora, onde o próprio Elon Musk teria influenciado o discurso político.
Em sua publicação sobre a decisão, o Guardian afirmou:
Os benefícios de estar no X agora são superados pelos negativos, e nossos recursos serão melhor aproveitados promovendo nosso jornalismo em outros lugares.
Redução do papel do X na divulgação do Guardian
A equipe do Guardian esclarece que os leitores ainda poderão compartilhar artigos do jornal na plataforma, e, embora o jornal não poste mais em sua conta oficial, ocasionalmente conteúdos do X poderão aparecer incorporados em suas páginas para reportagens ao vivo.
Além disso, repórteres do Guardian ainda podem usar o X para fins de coleta de notícias, mas sem o apoio de uma presença editorial oficial.
A saída do Guardian ressalta uma mudança de estratégia em relação ao uso de redes sociais para alcançar o público, focando em alternativas que proporcionem um ambiente mais seguro e positivo para promover o jornalismo da publicação.
O Guardian acredita que, com um modelo de financiamento sustentado por seus próprios leitores, está menos sujeito aos algoritmos das redes sociais e tem a liberdade de se afastar de plataformas que considera prejudiciais ao seu trabalho e ao diálogo público saudável:
Nosso jornalismo está disponível e aberto a todos em nosso site, e gostaríamos que as pessoas viessem ao theguardian.com e apoiassem nosso trabalho diretamente.
Um dos jornais mais respeitados do Reino Unido, conhecido por seu jornalismo investigativo e cobertura abrangente de temas como política, direitos humanos, ciência e meio ambiente, o Guardian foi fundado em 1821 e se destaca pelo compromisso com valores progressistas e independência editorial, sendo de propriedade do Scott Trust, um fundo sem fins lucrativos que garante sua liberdade financeira e editorial.