- Infinite quer integrar shows virtuais ao Napster.
- Serviço continuará oferecendo streaming de alta fidelidade.
- Artistas terão mais controle e contato com os fãs.
O Napster, conhecido por revolucionar o compartilhamento de música no início dos anos 2000, vai passar por uma nova transformação. A plataforma, que teve um início polêmico como plataforma de compartilhamento de MP3, enfrentou ações judiciais da indústria musical e foi fechado em 2001. Desde então, passou por reformulações.
A empresa de tecnologia e mídia Infinite Reality anunciou nesta semana a compra da plataforma por R$ 1.181,70 bilhões (US$ 207 milhões), mas com planos de reinventar o serviço como uma plataforma de música social baseada no Metaverso.
A Infinite, com sede em Connecticut, quer que o Napster vá além do streaming tradicional. Segundo a empresa, a nova fase da marca “prioriza o engajamento ativo dos fãs em vez da audição passiva”. Dessa forma, a proposta é aproximar artistas e público com experiências personalizadas, espaços virtuais, gamificação e ferramentas de monetização.
Novo Napster, com foco em Web3, IA e experiências imersivas
O CEO da Infinite, John Acunto, afirmou que o objetivo é permitir que os artistas “possuam e monetizem o relacionamento com seus fãs”. A empresa pretende oferecer recursos como shows virtuais, festas de audição, vendas de ingressos e produtos digitais, além de ferramentas com IA para atendimento, análise de dados e gestão de comunidades.
“Acredito firmemente que o relacionamento entre artistas e fãs está evoluindo. Os fãs desejam acesso íntimo e hiperpersonalizado aos seus artistas favoritos, enquanto os artistas estão buscando maneiras inovadoras de aprofundar as conexões com os fãs e acessar novas fontes de receita. – disse Acunto.
O Napster continuará operando como serviço de streaming legal, com mais de 110 milhões de faixas disponíveis. O serviço cobra atualmente R$17,99 por mês no Brasil (R$ 179,99 no plano anual) e oferece recursos como áudio de alta fidelidade, reprodução offline e videoclipes.
O CEO atual do Napster, Jon Vlassopulos, permanecerá no cargo. Ele lidera a marca desde 2022, quando foi adquirida pelas empresas de blockchain Hivemind e Algorand. A Infinite também atua no setor Web3, o que fortalece sua estratégia de expansão no ambiente digital imersivo.
Desde seu fechamento em 2001, o Napster passou por várias aquisições e relançamentos. A nova aposta da Infinite pretende resgatar o prestígio da marca com uma abordagem moderna e voltada para o futuro. O grande desafio são as plataformas musicais que se popularizaram, como Spotify, por exemplo.