A plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter e atualmente de propriedade de Elon Musk, está recebendo questionamentos após marcar links para o site de notícias NPR como “inseguros”.
O incidente ocorreu quando usuários da plataforma tentaram acessar uma reportagem da NPR sobre uma discussão entre um funcionário da campanha de Trump e um funcionário do Cemitério Nacional de Arlington.
Ao invés de serem direcionados diretamente à página da NPR, os usuários foram recebidos com um aviso de que o link poderia ser perigoso, um alerta geralmente reservado para sites que contêm malware, spam ou outros conteúdos maliciosos.
Os usuários do X começaram a notar que o link para a reportagem da NPR exibida a mensagem: “Aviso: este link pode não ser seguro”, seguido pelo URL da página.
O aviso sugere que os usuários “voltem para a página anterior”, com a opção de continuar para o site da NPR apenas disponível em um pequeno texto na parte inferior do aviso.
O motivo exato para o alerta ainda não está claro, mas a situação levantou suspeitas de que a plataforma de Musk possa estar tentando suprimir a disseminação de certas notícias.
Sob comando de Musk, X parou de responder a mídia
Este não é o primeiro incidente envolvendo a NPR e a plataforma de Musk. No ano passado, a NPR decidiu abandonar o então Twitter após Musk rotular a organização de notícias como “mídia afiliada ao estado”, uma classificação normalmente usada para canais de propaganda de países como Rússia e China.
A NPR nunca retornou oficialmente à plataforma, e o relacionamento entre as duas entidades permaneceu tenso.
A decisão do X de marcar o link da NPR como inseguro pode afetar ainda mais a percepção da plataforma como um espaço para a liberdade de expressão.
Com a crescente desconfiança, é possível que mais usuários considerem migrar para plataformas alternativas, como Mastodon, Bluesky e Threads do Meta, que têm atraído aqueles em busca de uma experiência de rede social menos restritiva.
Nem a NPR nem o X responderam imediatamente aos pedidos de comentário sobre o incidente feitos pelo TechCrunch.
Sob a liderança de Musk, o X parou de responder a solicitações da mídia, aumentando as incertezas sobre suas políticas de moderação de conteúdo.
O episódio recente reforça as preocupações sobre a possível interferência na distribuição de notícias, especialmente em um momento em que Musk tem demonstrado apoio público a Trump, usando a própria plataforma X para hospedar eventos relacionados ao ex-presidente.
Já no Brasil, a rede recebeu o prazo de 24 horas para nomear um representante no país, conforme consta na Lei Brasileira. A resposta de Musk, no entanto, que divulgou uma imagem criada por IA do ministro Alexandre de Moraes preso, indica que não vai obedecer, o que pode levar o X a ser suspenso.
