Chips H20 da Nvidia podem driblar restrições de exportação dos EUA

Por Michael Henrique
Imagem: Dall-e

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  • Nvidia dribla restrições com acordo estratégico nos EUA.
  • Trump aceita chips H20 em troca de investimentos locais.
  • Indústria de IA aposta alto em território americano.

Os chips H20 da Nvidia podem continuar circulando no mercado chinês, apesar das pressões políticas. Um acordo informal entre Jensen Huang, CEO da empresa, e Donald Trump, teria virado o jogo.

Fontes próximas ao presidente indicam que Huang prometeu investir pesado em infraestrutura de IA nos EUA. Esse gesto teria convencido Trump a não aplicar novas restrições à exportação do chip.

Acordo selado em jantar privado

A negociação aconteceu durante um jantar no resort Mar-a-Lago, na semana passada. Jensen Huang teria sugerido ao ex-presidente a criação de novos data centers de IA em território americano como contrapartida. A medida agradou a Trump, que sempre priorizou investimentos dentro dos EUA.

O chip H20, embora menos potente que os modelos mais avançados da Nvidia, ainda é um dos principais vetores de desenvolvimento de IA na China. Ele é utilizado por empresas como a DeepSeek, que treina modelos como o R1, concorrente direto das soluções da OpenAI.

Interesse nacional versus mercado global

Mesmo com o acordo, a decisão causa desconforto entre políticos dos dois partidos. Muitos senadores pedem o bloqueio total dos chips H20, por temerem que a tecnologia fortaleça concorrentes estrangeiros. Até pouco tempo, o próprio Trump preparava um pacote de restrições para o chip.

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Além disso, as regras implementadas pelo governo Biden em janeiro continuam em vigor. Elas impõem barreiras rígidas à exportação de chips de IA, inclusive para aliados estratégicos dos EUA. A China e a Rússia enfrentam as sanções mais severas.

Porém, a Nvidia já criticou essas diretrizes. Segundo a empresa, a política limita a inovação e prejudica a competitividade americana. Ainda assim, Huang decidiu adotar uma linha pragmática e alinhada aos interesses nacionais, ao estilo “América em primeiro lugar”.

Outras gigantes da tecnologia seguiram o mesmo caminho. A OpenAI anunciou, em janeiro, um projeto de R$ 500 bilhões com a SoftBank e a Oracle para erguer data centers nos EUA. A Microsoft, por sua vez, prometeu investir R$ 80 bilhões, metade do valor também reservado a território americano.

Com esse cenário, Trump busca usar o poder político para moldar a nova era da inteligência artificial. O recado para empresas como a TSMC foi claro: ou fabricam nos EUA ou pagarão caro.

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