Correios entram em greve em 9 estados e sem data para retorno

Por Cássio Gusson
Correiros em greve no Brasil. Foto: Dall-e

Desde quarta-feira (7), trabalhadores dos Correios de nove estados brasileiros entraram em greve por tempo indeterminado, de acordo com informações da Agência Brasil. A paralisação, que envolve carteiros, motoristas e funcionários das áreas de tratamento e atendimento, foi motivada pela rejeição à proposta apresentada pela empresa no mesmo dia.

A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) destacou que a proposta incluía um reajuste salarial apenas para 2025 e não oferecia uma solução satisfatória para as questões relacionadas ao plano de saúde dos funcionários.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Os estados afetados pela greve são: São Paulo, Alagoas, Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins. A paralisação tem potencial de causar significativos atrasos na entrega de correspondências e encomendas, especialmente em áreas de grande demanda.

A campanha salarial dos trabalhadores dos Correios, iniciada em 24 de maio, focava em quatro principais demandas: melhorias econômicas, benefícios, plano de saúde e condições gerais de trabalho. A proposta apresentada pela empresa previa um aumento salarial de 6,05% a partir de janeiro de 2025 e um acréscimo de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024.

Para motoristas e motociclistas, estava previsto um aumento de 20% na função, além de um bônus no vale alimentação/refeição e um pagamento integral extra em dezembro. No entanto, as questões referentes ao plano de saúde, que incluíam a redução da coparticipação de 30% para 15%, foram consideradas insuficientes pelos sindicatos, uma vez que outras demandas importantes, como a alteração da base de cálculo da coparticipação, não foram abordadas.

Correios em greve

Apesar da greve, os Correios informaram em nota que todas as agências estão abertas e que os serviços seguem disponíveis em todo o Brasil. A empresa destacou que medidas de contingenciamento, como o remanejamento de profissionais e a realização de horas extras, foram adotadas para minimizar os impactos da paralisação. No entanto, a eficácia dessas medidas é questionada, dado o número significativo de trabalhadores que aderiram ao movimento grevista.

Os sindicatos que representam a categoria afirmam que a paralisação foi a última alternativa, após a exaustão de todas as tentativas de negociação. Carlos Golveia, diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Distrito Federal (Sintect-DF), ressaltou que, embora ainda haja espaço para diálogo, a insatisfação é grande, e a greve pode se estender caso não haja avanços nas negociações.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A greve dos Correios pode trazer uma série de transtornos para a população, sobretudo no que diz respeito ao atraso na entrega de correspondências e encomendas. Embora a empresa esteja implementando ações para mitigar os efeitos, não há garantia de que todos os serviços continuarão a funcionar normalmente. Os consumidores são aconselhados a ficarem atentos aos comunicados oficiais dos Correios e a considerarem alternativas, como serviços de entrega privados, caso necessário.

Sobre:
Compartilhe:
Siga:
Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
Sair da versão mobile