Crise: Intel anuncia demissão de 15 mil funcionários

Por Luciano Rodrigues
Crise - Intel anuncia demissão de 15 mil funcionários - Imagem: Dall-E

A Intel anunciou, nessa quinta-feira (1), que demitirá mais de 15% de sua equipe, equivalente a 15 mil funcionários, como parte de um plano ambicioso para reduzir os gastos em US$ 10 bilhões até 2025. Essa decisão surge após um relatório de lucros e perspectivas desanimadores no segundo trimestre, refletindo desafios significativos enfrentados pela gigante da tecnologia.

O CEO da Intel, Pat Gelsinger, destacou em um memorando aos funcionários que as receitas da empresa não cresceram conforme o esperado e que a Intel ainda não se beneficiou plenamente de tendências poderosas como a inteligência artificial (IA).

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Nossas receitas não cresceram como esperado – e ainda não nos beneficiamos totalmente de tendências poderosas, como IA. Nossos custos estão muito altos, nossas margens estão muito baixas. Precisamos de ações mais ousadas para abordar ambos – principalmente devido aos nossos resultados financeiros e perspectivas para o segundo semestre de 2024, que é mais difícil do que o esperado anteriormente.”

Reestruturação para Enfrentar Desafios da IA

A Intel, que liderou a revolução dos chips de CPU há cerca de 25 anos, tem enfrentado dificuldades para acompanhar novas ondas de computação, como smartphones e IA, ao contrário de concorrentes como a Nvidia.

Entre 2020 e 2023, as receitas anuais da Intel caíram US$ 24 bilhões, apesar de sua força de trabalho ter crescido 10% no mesmo período.

Em contraste, outros fabricantes de chips viram suas receitas e avaliações dispararem durante o boom da IA.

Além das demissões, a Intel oferecerá um programa de “saída voluntária” para funcionários da empresa na próxima semana e apresentará uma oferta de aposentadoria aprimorada para funcionários qualificados.

A empresa também está suspendendo seus dividendos de acionistas a partir do quarto trimestre de 2024, antecipando tendências “mais desafiadoras” no segundo semestre do que esperava anteriormente.

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No segundo trimestre, a Intel relatou um declínio de 1% nas receitas em comparação ao mesmo período do ano passado, atribuindo a perda a ventos contrários de margem bruta relacionados aos seus produtos de PC de IA.

Gelsinger destaca a necessidade de uma reestruturação:

Precisamos de uma reestruturação significativa para nos posicionar melhor diante dessas tendências e garantir nossa competitividade no mercado de IA e além.”

Essa decisão marca um momento crítico para a Intel, que busca se reposicionar no mercado global de tecnologia em um cenário de rápida evolução e alta competitividade.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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