Entregadores de iFood, Uber e 99 param em protesto por melhores condições

Por Michael Henrique
Imagem: Dall-e
  • Entregadores exigem melhores condições em paralisação nacional histórica

  • iFood e outros apps enfrentam pressão por taxas justas

  • Mobilização dos entregadores atinge 59 cidades e 19 capitais

Entregadores que atuam por aplicativos como iFood, 99, Uber e outros iniciaram uma paralisação nacional nesta segunda-feira (31).
O movimento, apelidado de “breque”, exige aumento nas taxas pagas pelas plataformas e melhores condições de trabalho.

O protesto deve se estender até terça-feira (1º), com atos programados em pelo menos 59 cidades brasileiras. Além disso, as manifestações reúnem entregadores que atuam em grandes capitais e também em municípios menores.

O movimento ganhou força nas últimas semanas, com vídeos de convocação viralizando nas redes sociais e reunindo milhões de visualizações.

São Paulo concentra maior mobilização

Em São Paulo, entregadores planejam uma manifestação em frente à sede do iFood. Além disso, o objetivo do ato é pressionar diretamente a maior plataforma do setor.

Segundo os organizadores, o iFood influencia as políticas de remuneração das empresas concorrentes. Junior Freitas, uma das lideranças do breque, afirma que a mobilização quer chamar atenção tanto das empresas quanto do poder público.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília também participam da paralisação.

Ao todo, 19 capitais já confirmaram presença nos atos. Além disso, em algumas delas, os organizadores esperam bloquear centros de distribuição e pontos de coleta, além de realizar carreatas.

Plataformas reagem e divulgam números

Em resposta ao movimento, a Amobitec associação que representa empresas como iFood, 99, Uber e Zé Delivery, divulgou nota reafirmando o compromisso com o diálogo.

A entidade defende a regulamentação do trabalho por aplicativos e diz que a remuneração média dos entregadores cresceu acima da inflação entre 2023 e 2024. Segundo um estudo do Cebrap, os entregadores recebem, em média, R$ 31,33 por hora.

O iFood também se manifestou. Em comunicado enviado aos entregadores, a empresa disse ter reajustado o valor do quilômetro rodado e da taxa mínima nos últimos três anos. Além disso, a plataforma pediu que o protesto ocorra de forma pacífica e sem bloqueios a estabelecimentos ou colegas que optem por não aderir à paralisação.

Os organizadores, no entanto, afirmam que os reajustes não acompanharam o aumento do custo de vida. Eles denunciam jornadas exaustivas e falta de segurança nas ruas. Segundo o movimento, muitos entregadores chegam a trabalhar 12 horas por dia para alcançar um rendimento mínimo.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A paralisação representa mais um capítulo nas tensões entre trabalhadores e plataformas. Ainda mais, os entregadores buscam reconhecimento como profissionais essenciais, com garantias mínimas de renda e proteção.

Até o momento, as lideranças do breque não divulgaram quando pretendem encerrar a mobilização, mantendo a pressão sobre as empresas e o governo.

 

Compartilhe:
Siga:
Sou apaixonado por tecnologia, especialmente por consoles, começando minha jornada com um Nintendo 64. Gosto de explorar novos gadgets e sempre busco as melhores ofertas para economizar em minhas compras.
Sair da versão mobile