- Hacker roubou 1,1 TB da Disney com software falso
- Slack foi a porta de entrada para o vazamento massivo
- Funcionário baixou gerador de IA que era vírus
Um jovem de 25 anos admitiu ter invadido o computador de um funcionário da Disney. O ataque resultou no roubo de 1,1 terabytes de dados confidenciais da empresa.
Ryan Mitchell Kramer se declarou culpado após o Departamento de Justiça dos EUA acusá-lo formalmente. Ele usou um software malicioso disfarçado de gerador de imagens com IA para invadir o sistema do funcionário. A vítima acreditava estar baixando uma ferramenta legítima, mas abriu caminho para um ataque devastador.
Hacker espalhou software malicioso por plataformas online
Kramer distribuiu o programa em plataformas como o GitHub, onde o funcionário da Disney provavelmente encontrou o software. Uma vez instalado, o programa concedeu a Kramer acesso completo ao dispositivo da vítima. Porém, o hacker encontrou logins e senhas armazenados no navegador e nos arquivos locais do funcionário.
Com essas credenciais, ele entrou na conta profissional da vítima no Slack, uma plataforma corporativa de comunicação. A partir daí, Kramer acessou milhares de canais privados da Disney, baixando aproximadamente 1,1 TB de dados. Porém, a informação incluía arquivos internos, mensagens sigilosas e detalhes técnicos sensíveis.
Hacker ameaçou expor dados e cumpriu
Após obter os dados, Kramer se passou por integrante do grupo de ciberativismo russo “NullBulge”. Ele ameaçou divulgar os dados da empresa e informações pessoais do funcionário caso não recebesse uma resposta. Como a vítima ignorou a chantagem, o criminoso vazou dados bancários, registros médicos e mensagens privadas em diversos sites.
Ainda mais, a Kramer não atacou apenas um funcionário. Ele admitiu que o programa falso afetou pelo menos outras duas pessoas, cujos computadores também foram comprometidos. Com isso, o esquema ganhou escala, aumentando o impacto dos ataques.
Agora, o hacker enfrenta duas acusações formais: acesso ilegal a computadores e ameaças de dano a sistemas protegidos. O caso segue em julgamento e levanta alertas sobre o uso de ferramentas desconhecidas, mesmo que pareçam inofensivas ou populares.