- Google entra em Hollywood com nova divisão de entretenimento
- Parceria com Range impulsiona filmes focados em inteligência artificial
- 100 Zeros mira Netflix e estúdios, não o YouTube
O Google entrou oficialmente em Hollywood. A empresa lançou a divisão de cinema e TV “100 Zeros”, marcando sua estreia formal no setor audiovisual.
A novidade representa um passo estratégico para atrair atenção ao ecossistema de inteligência artificial e computação espacial que a companhia desenvolve para integrar o mundo digital ao físico.
Parceria com range media impulsiona novos projetos
A nova divisão do Google nasce em parceria com a Range Media Partners, produtora responsável por títulos como, A Complete Unknown e Longlegs. A iniciativa, com duração inicial de vários anos, reforça a ambição do Google em transformar narrativas de ficção em vitrines para suas tecnologias emergentes.
Ainda mais, no ano passado, a empresa já havia testado esse modelo ao apoiar a campanha de marketing do filme de terror Cuckoo. Agora, a 100 Zeros se posiciona também como coprodutora, segundo o Letterboxd. Dois novos filmes estão em produção, Sweetwater e LUCID, ambos com estreia prevista ainda para 2025.
Com a iniciativa, o Google planeja mostrar suas ferramentas de IA em cenários ficcionais, ampliando o alcance cultural da marca e tentando disputar atenção com gigantes como a OpenAI, criadora do ChatGPT.
Hollywood enfrenta desafios, e o Google vê oportunidade
A entrada da big tech ocorre em um momento delicado para Hollywood. Porém, o setor lida com altos custos de produção, reflexo das greves de roteiristas e atores em 2023, além de incertezas regulatórias, como possíveis tarifas sobre produções internacionais.
Apesar do envolvimento com produções cinematográficas, o Google não pretende usar o YouTube como principal canal de exibição dos projetos. Porém, a estratégia mira acordos com estúdios e plataformas como Netflix, distanciando-se da experiência do YouTube Originals, descontinuado em 2022.
Ainda mais, a movimentação revela o desejo da Alphabet de posicionar o Google como agente cultural relevante na era da inteligência artificial. Com isso, a empresa transforma o entretenimento em uma nova frente para expandir seus serviços e sua influência.