- 100 Zeroes visa destacar o lado positivo da tecnologia.
- Parceria com a produtora para participação em filmes e séries.
- Google investe em curtas sobre IA e novas plataformas digitais..
Enquanto a 7ª temporada de Black Mirror explora futuros distópicos, o Google escolheu o caminho oposto. A empresa acaba de lançar a iniciativa “100 Zeroes”, com o objetivo de promover narrativas positivas sobre o impacto da tecnologia em filmes e séries de TV.
A novidade foi revelada em reportagem recente do Business Insider.
A gigante da tecnologia se uniu à Range Media Partners, produtora por trás de títulos como Um Completo Desconhecido e Longlegs, para produzir conteúdos que resgatem o otimismo tecnológico — especialmente voltados à Geração Z. O projeto visa inspirar novos olhares sobre inteligência artificial, realidade estendida (XR) e plataformas digitais, além de integrar naturalmente os produtos do Google nessas histórias.
Apesar da possibilidade de colocação de produtos, como o uso de dispositivos Android nos filmes, esse não é o foco central. O Google quer mesmo é reconstruir a percepção pública sobre a tecnologia, após anos de narrativas distópicas dominando o entretenimento.
Em sua conta no X, o Google esclareceu:
Este não é um estúdio novo, é uma iniciativa impulsionada pela nossa equipe de Plataformas e Dispositivos, que inclui Android. Estamos trabalhando com a Range para ajudar a comunidade criativa a integrar tecnologias e plataformas de ponta, como XR e IA, à sua produção cinematográfica.
100 Zeroes vai apoiar criadores independentes
A iniciativa já teve um piloto discreto: o filme Neon Cuckoo, financiado em parte pelo Google, exibiu o logotipo do “100 Zeroes” nos créditos, embora o conteúdo não tenha sido influenciado pela empresa. Essa abordagem deve continuar, com foco em projetos de estúdios independentes e respeitados que dialoguem com a cultura jovem atual.
Além disso, o Google lançou recentemente o projeto “AI On Screen”, em parceria com a Range. A ideia é financiar curtas-metragens sobre inteligência artificial, selecionando os melhores para receber investimentos em longas. É uma tentativa clara de atrair criadores céticos quanto ao uso da IA nas artes, mostrando o potencial criativo dessas ferramentas.
A empresa também informou que o YouTube não faz parte da estratégia. Em vez disso, o Google buscará colaborar com grandes streamings como a Netflix e outros estúdios tradicionais para distribuir os projetos do “100 Zeroes”.
Com isso, o público que imaginou um Black Mirror com final feliz — um “tech mirror”, por assim dizer — pode ver sua ideia ganhar vida em breve. E, com o peso do Google por trás, as histórias otimistas sobre tecnologia podem finalmente ocupar um lugar de destaque na cultura pop.