- iFood reajusta taxa mínima e valoriza entregadores de moto
- Novos benefícios ampliam segurança e proteção dos parceiros
- Reajuste supera inflação e não impacta preço ao consumidor
O iFood anunciou um novo reajuste nas taxas mínimas pagas aos seus entregadores de moto e carro. A partir de 1º de junho, os trabalhadores que usam esses modais vão receber R$ 7,50 por entrega, valor que representa um aumento de 15,4%.
Os ciclistas da plataforma também terão um acréscimo. A taxa mínima sobe de R$ 6,50 para R$ 7,00, o que corresponde a um reajuste de 7,7%.
Reajuste supera inflação e chega a 360 mil entregadores
A empresa declarou que os novos valores beneficiam mais de 360 mil entregadores ativos. Segundo o iFood, a decisão ocorreu após ouvir as demandas dos trabalhadores e também refletiu a paralisação nacional de 31 de março.
Ainda mais, o iFood afirma que os reajustes superam o INPC de 2024, que ficou em 4,77%. De 2021 a 2025, o aumento acumulado nas taxas mínimas chegou a 41,2% para bicicletas e 31,8% para motos e carros.
O diretor de Impacto Social, Johnny Borges, explicou que as mudanças partem do diálogo constante com os entregadores. “Buscamos soluções reais que aumentem os ganhos e melhorem a experiência na plataforma”, afirmou em nota.
Mudanças não impactam valor final dos pedidos
A empresa garantiu que o cliente não pagará mais pelos pedidos. Segundo o iFood, o modelo de negócio permite absorver os reajustes sem alterar o preço ao consumidor.
Além do aumento na taxa mínima, o pacote de melhorias inclui ajustes no seguro pessoal. Além disso, a cobertura por incapacidade temporária (DIT) subiu de 7 para 30 dias, aumentando a proteção ao entregador.
Ainda mais, o valor da indenização por morte ou invalidez passou de R$ 100 mil para R$ 120 mil. A medida faz parte do esforço da empresa para garantir mais segurança financeira aos parceiros.
Houve mudança no raio máximo de entrega para bicicletas, agora limitado a 4 quilômetros, com exceções pontuais. A meta é reduzir o desgaste e distribuir melhor os pedidos entre os entregadores.
Cerca de 60% dos pedidos são feitos por estabelecimentos parceiros. Porém, o iFood afirma que não retém comissão dos entregadores, mantendo o ganho integral para o trabalhador.
A plataforma encerrou 2024 com receita de R$ 1,2 bilhão, alta de 22% em relação ao ano anterior. O lucro não foi divulgado, já que a empresa não possui capital aberto.
Ainda mais, um estudo da Fipe mostrou que o iFood gerou R$ 110,7 bilhões em impacto na economia. Para cada R$ 1.000 gastos no app, outros R$ 1.390 circulam em setores como saúde, educação e comércio.