ONU alerta: Indústria multimilionária de golpes cibernéticos está se espalhando pelo mundo

Por Michael Henrique
Imagem: Dall-e
Economize com Tech2 Ofertas
  • Golpes cibernéticos já movimentam bilhões e assustam governos globais
  • Criminosos exploram regiões frágeis e burlam ações internacionais
  • ONU exige resposta urgente contra fraudes digitais em expansão

O crime digital se organizou. Redes que começaram no Sudeste Asiático transformaram golpes online em uma indústria multimilionária, com tentáculos em todos os continentes. A ONU emitiu um alerta contundente, o planeta enfrenta uma ameaça silenciosa, mas altamente lucrativa.

As operações evoluíram para grandes complexos que mantêm trabalhadores em regime análogo à escravidão, obrigando-os a aplicar fraudes em escala global. Muitas vítimas são enganadas por meio de redes sociais, aplicativos de namoro e mensagens falsas.

Criminosos migraram e exploram regiões frágeis

Mesmo com ações coordenadas de repressão em países como Tailândia, China e Mianmar, os sindicatos criminosos se adaptaram e transferiram suas bases para regiões ainda mais vulneráveis.

Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), as operações migraram para áreas com baixa governança, como Laos, Camboja e zonas remotas da África.

“A fraude cibernética se espalha como um câncer”, afirmou Benedikt Hofmann, representante interino da UNODC. Para ele, mesmo quando governos reprimem as ações, os grupos se reagrupam e expandem para novas rotas e territórios.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Essas redes não apenas mudaram de lugar, mas também diversificaram seus métodos. As chamadas “fazendas de fraude” usam trabalhadores de mais de 50 nacionalidades, obrigados a atuar em golpes que incluem esquemas de investimento, extorsões românticas e fraudes com criptomoedas.

ONU pede ação internacional antes que seja tarde

A ONU estimou que essas redes já movimentam dezenas de bilhões de dólares por ano. Só os EUA relataram mais de R$ 5,6 bilhões em perdas com criptomoedas em 2023. Em resposta, o Camboja formou uma comissão especial liderada pelo primeiro-ministro Hun Manet para conter o avanço da indústria do golpe.

Apesar disso, os criminosos avançam. De acordo com a UNODC, os sindicatos já atuam na América do Sul e firmam parcerias com cartéis para ampliar seus esquemas de lavagem de dinheiro. Na África, surgem novos polos em países como Angola, Zâmbia e Namíbia.

Para o órgão das Nações Unidas, o mundo chegou a um “ponto crítico de inflexão”. Sem ação coordenada e internacional, o avanço dessas redes trará consequências profundas não apenas para o Sudeste Asiático, mas para a segurança global.

Compartilhe:
Siga:
Sou apaixonado por tecnologia, especialmente por consoles, começando minha jornada com um Nintendo 64. Gosto de explorar novos gadgets e sempre busco as melhores ofertas para economizar em minhas compras.
Sair da versão mobile