Processo na Flórida acusa Snapchat de enganar pais e viciar crianças

Imagem: Dall-e
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  • Snapchat acusado de viciar crianças e enganar pais na Flórida
  • Justiça americana pressiona app por riscos a menores de idade
  • Lei estadual desafia big techs sobre segurança infantil online

O Snapchat entrou na mira da Justiça americana. O estado da Flórida acusa o aplicativo de redes sociais de viciar crianças e enganar os pais sobre os riscos do uso da plataforma.

Porém, o procurador-geral James Uthmeier apresentou o processo na última terça-feira (15), alegando que a empresa violou uma nova lei estadual ao permitir que menores de 13 anos criem contas e acessem conteúdos potencialmente perigosos.

Segundo ele, o Snapchat criou ferramentas “intencionalmente viciantes” para manter crianças conectadas, como rolagem infinita, notificações push e vídeos em reprodução automática.

Recursos viciantes e falta de proteção expõem menores a riscos

A denúncia afirma que o Snapchat utiliza métricas de engajamento para manter o uso compulsivo entre adolescentes. A plataforma também não exige verificação parental obrigatória para usuários entre 14 e 15 anos, o que fere a lei HB3, sancionada em março de 2024 pelo governador Ron DeSantis. Essa norma proíbe redes sociais para menores de 13 anos e exige consentimento formal para adolescentes até 15.

Ainda mais, o procurador geral afirma que o Snapchat “enganou os pais da Flórida” ao afirmar que o aplicativo é seguro para menores, mesmo oferecendo riscos como acesso a pornografia e exposição a traficantes de drogas e predadores sexuais.

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Para ele, a empresa falhou em proteger os usuários mais vulneráveis ao lucrar com comportamentos compulsivos.

Snap rebate e aponta inconstitucionalidade na legislação

A Snapchat defendeu-se por meio de comunicado. A empresa afirma que a legislação viola direitos constitucionais da Primeira Emenda dos EUA, que protege a liberdade de expressão.

Ainda mais, a companhia prefere soluções que respeitem a privacidade, como verificações feitas por sistemas operacionais ou lojas de aplicativos dos celulares.

Entidades do setor tecnológico, como NetChoice e Computer & Communications Industry Association, também se posicionaram contra a lei da Flórida e moveram ações judiciais no tribunal federal em Tallahassee. Porém, ambas alegam que a nova legislação representa uma ameaça à inovação e à liberdade digital.

Ainda mais, o caso tramita no tribunal do circuito da Flórida, no condado de Santa Rosa, sob o número 25000258CAAXMX. A disputa entre governo estadual e empresas de tecnologia promete se arrastar por meses e pode definir novos limites para o uso de redes sociais por menores de idade nos Estados Unidos.

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Sou apaixonado por tecnologia, especialmente por consoles, começando minha jornada com um Nintendo 64. Gosto de explorar novos gadgets e sempre busco as melhores ofertas para economizar em minhas compras.
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