Nos EUA tem gente sendo presa por atirar em drones de entrega

Por Luciano Rodrigues
Um homem foi preso nos Estados Unidos, após admitir ter atirado e derrubado um drone do Walmart. A ocorrência foi registrada em 19 de junho, durante uma demonstração de entrega por drone em Clermont, na Flórida. De acordo com o Gabinete do Xerife do Condado de Lake, um homem identificado como Dennis Winn admitiu ter disparado contra o drone, alegando preocupações com possíveis espionagens, já que não era a primeira vez que via drones sobrevoando sua residência. Ele foi acusado de disparar uma arma de fogo e dano criminoso, com prejuízos estimados em US$ 2.500, principalmente no sistema de carga útil do drone. À medida que empresas poderosas como Amazon, Google e Walmart investem em tecnologias de entrega por drones, esse tipo de ocorrência tende a aumentar, principalmente nos EUA, onde há mais armas do que pessoas. Embora incidentes ainda sejam raros, essa prisão na Flórida levanta questões sobre as consequências legais desses atos. O valor e a complexidade dos drones corporativos, como os usados pela Amazon para seu serviço Prime Air, apenas aumentam a gravidade das consequências potenciais. Em 2022, estimava-se que a Amazon gastava US$ 484 por entrega de drone, com projeções otimistas reduzindo esse custo para US$ 63 em 2025, ainda significativamente mais caro que entregas terrestres. Consequências legais e federais para quem atira em drones A Administração Federal de Aviação (FAA) do EUA respondeu a um incidente similar em 2016, referenciando a lei 18 USC 32, que trata da sabotagem de aeronaves. Embora a legislação se concentre principalmente em aeronaves tripuladas, a FAA sugere que também pode ser aplicada a veículos aéreos não tripulados (UAVs), incluindo drones, o que implica que as penalidades para abater um drone podem ser tão severas quanto para outras aeronaves, incluindo multas pesadas e até 20 anos de prisão. No entanto, a aplicação dessa legislação a drones ainda é uma área cinzenta. Casos anteriores, como um incidente em Minnesota em 2020, resultaram em acusações de crime estadual, como danos criminais e disparo de arma dentro dos limites da cidade. O governo federal norte-americano tende a permitir que os estados lidem com tais casos, a menos que haja circunstâncias agravantes significativas. Com o aumento das entregas por drones nos EUA, é provável que a legislação federal como 18 USC 32 desempenhe um papel mais proeminente, o que poderia agravar as consequências legais para aqueles que atiram em drones, impondo penalidades severas. A questão de segurança também é crucial, pois atirar em drones em áreas densamente povoadas pode causar danos corporais e materiais. À medida que empresas como Amazon e Walmart continuam a expandir suas operações de entrega por drones, a necessidade de regulamentações claras e a compreensão das ramificações legais se tornam cada vez mais urgentes, não apenas nos EUA, onde o assunto parece apresentar mais urgência, mas também em outros países onde este tipo de atividade seja implantado. - Imagem: Dall-E

Um homem foi preso nos Estados Unidos, após admitir ter atirado e derrubado um drone do Walmart.

A ocorrência foi registrada em 19 de junho, durante uma demonstração de entrega por drone em Clermont, na Flórida.

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De acordo com o Gabinete do Xerife do Condado de Lake, um homem identificado como Dennis Winn admitiu ter disparado contra o drone, alegando preocupações com possíveis espionagens, já que não era a primeira vez que via drones sobrevoando sua residência.

Ele foi acusado de disparar uma arma de fogo e dano criminoso, com prejuízos estimados em US$ 2.500, principalmente no sistema de carga útil do drone.

À medida que empresas poderosas como Amazon, Google e Walmart investem em tecnologias de entrega por drones, esse tipo de ocorrência tende a aumentar, principalmente nos EUA, onde há mais armas do que pessoas.

Embora incidentes ainda sejam raros, essa prisão na Flórida levanta questões sobre as consequências legais desses atos.

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O valor e a complexidade dos drones corporativos, como os usados pela Amazon para seu serviço Prime Air, apenas aumentam a gravidade das consequências potenciais.

Em 2022, estimava-se que a Amazon gastava US$ 484 por entrega de drone, com projeções otimistas reduzindo esse custo para US$ 63 em 2025, ainda significativamente mais caro que entregas terrestres.

Consequências legais e federais para quem atira em drones

A Administração Federal de Aviação (FAA) do EUA respondeu a um incidente similar em 2016, referenciando a lei 18 USC 32, que trata da sabotagem de aeronaves.

Embora a legislação se concentre principalmente em aeronaves tripuladas, a FAA sugere que também pode ser aplicada a veículos aéreos não tripulados (UAVs), incluindo drones, o que implica que as penalidades para abater um drone podem ser tão severas quanto para outras aeronaves, incluindo multas pesadas e até 20 anos de prisão.

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No entanto, a aplicação dessa legislação a drones ainda é uma área cinzenta.

Casos anteriores, como um incidente em Minnesota em 2020, resultaram em acusações de crime estadual, como danos criminais e disparo de arma dentro dos limites da cidade.

O governo federal norte-americano tende a permitir que os estados lidem com tais casos, a menos que haja circunstâncias agravantes significativas.

Com o aumento das entregas por drones nos EUA, é provável que a legislação federal como 18 USC 32 desempenhe um papel mais proeminente, o que poderia agravar as consequências legais para aqueles que atiram em drones, impondo penalidades severas.

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A questão de segurança também é crucial, pois atirar em drones em áreas densamente povoadas pode causar danos corporais e materiais.

À medida que empresas como Amazon e Walmart continuam a expandir suas operações de entrega por drones, a necessidade de regulamentações claras e a compreensão das ramificações legais se tornam cada vez mais urgentes, não apenas nos EUA, onde o assunto parece apresentar mais urgência, mas também em outros países onde este tipo de atividade seja implantado.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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