Produtor musical é preso após fraudar US$ 10 milhões com músicas geradas por IA

Por Luciano Rodrigues

Um produtor musical foi preso na última quarta-feira (4), acusado de cometer uma fraude massiva de royalties, estimada em mais de US$ 10 milhões, ao utilizar músicas geradas por inteligência artificial (IA) e manipular plataformas de streaming musicais, como Spotify, Amazon Music e Apple Music.

Michael Smith, de 52 anos, morador da Carolina do Norte, teria criado milhares de contas de bot em plataformas de streaming, de acordo com a acusação apresentada pela justiça americana.

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Os promotores alegam que Smith manipulou as plataformas para transmitir automaticamente essas músicas geradas por IA, alcançando até 661.440 transmissões por dia.

A fraude envolvia músicas que ele havia previamente colocado nas plataformas, que eram reproduzidas de forma automática para inflar os números de streaming e, assim, aumentar seus ganhos em royalties.

Segundo a investigação, Smith inicialmente realizava fraudes com músicas próprias, mas os sistemas de detecção das plataformas identificavam o número anormal de transmissões.

Para contornar essas barreiras, ele começou a utilizar IA para criar um número muito maior de músicas de forma rápida.

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Entre 2018 e 2023, ele teria trabalhado com uma empresa especializada em IA musical e um promotor para gerar centenas de milhares de músicas e configurar uma vasta rede de contas falsas.

Além disso, Smith utilizou VPNs e e-mails comprados em massa para ocultar suas ações e dificultar a detecção da fraude.

No entanto, a fraude começou a ser investigada após questionamentos levantados pelo Mechanical Licensing Collective (MLC), responsável por distribuir royalties de streaming nos EUA. A MLC questionou a origem de tantas músicas e o volume de transmissões, levantando suspeitas sobre a possível utilização de IA.

Streaming musical apresenta vulnerabilidade à fraudes frente às novas tecnologias

A prisão de Smith é mais um alerta sobre a crescente preocupação com fraudes no setor de streaming de música, particularmente com o avanço da IA.

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O CEO da MLC, Kris Ahrend, ressaltou a importância de esforços contínuos para identificar e combater práticas fraudulentas no setor, protegendo assim os compositores e autores de músicas genuínas.

Smith enfrenta acusações de lavagem de dinheiro, fraude eletrônica e conspiração para cometer fraude.

O caso chama atenção para a fragilidade das plataformas de streaming frente a novas tecnologias, como a IA, que podem ser exploradas de maneira maliciosa.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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