- Hackers viram o jogo e atacam a gangue Everest.
- Site de vazamento da Everest exibe mensagem provocativa.
- Ataque inesperado expõe fragilidade dos cibercriminosos.
Um grupo misterioso invadiu e desfigurou o site de vazamento da quadrilha de ransomware Everest. A ação ocorreu neste fim de semana e permanece sem explicações claras até o momento.
O portal comprometido servia como vitrine dos dados roubados pela gangue. Nele, os hackers publicavam informações sensíveis de vítimas para forçar o pagamento de resgates.
Mensagem enigmática substitui ameaças
Em vez dos arquivos sigilosos comumente divulgados, o site agora exibe apenas uma frase direta: “Não cometa crimes, CRIME É RUIM, beijos e abraços de Praga.” A mensagem, curta e sarcástica, provocou confusão entre especialistas em segurança cibernética e despertou atenção no setor.
Até o fechamento desta reportagem, o site ainda exibia o aviso. Porém, a quadrilha não se pronunciou, ninguém confirmou se os criminosos também perderam dados ou infraestrutura no ataque.
Everest acumula histórico de crimes cibernéticos
A Everest atua desde 2020 e acumula ataques contra governos, empresas e instituições públicas. Autoridades dos Estados Unidos atribuem ao grupo invasões na NASA e em órgãos do governo brasileiro. Além disso, a quadrilha também roubou dados de mais de 420 mil clientes da rede de cannabis Stiizy.
Mesmo sob pressão, os ataques de ransomware continuam crescendo. Em 2024, no entanto, menos vítimas cederam à extorsão. Muitas empresas preferiram enfrentar os danos a pagar quantias elevadas para os hackers.
Enquanto forças policiais desmantelam grupos como LockBit e Radar, outras quadrilhas sofrem com sabotagens internas e golpes inesperados. O caso do site da Everest pode marcar mais um episódio dessa nova fase do submundo digital.
O incidente reforça um cenário em que a guerra entre grupos cibercriminosos se intensifica, e a justiça mesmo que irônica às vezes vem de onde menos se espera.