O CEO do Zoom, Eric Yuan, revelou recentemente em uma entrevista que a empresa pretende utilizar inteligência artificial (IA) para criar gêmeos digitais, versões virtuais que poderiam substituir as pessoas em carne e osso nas reuniões online.
O objetivo da ferramenta é não apenas libertar os usuários das reuniões monótonas, mas também ajudar na resposta a e-mails, ligações e mensagens de texto, utilizando um avatar.
Além de proporcionar um alívio nas reuniões cansativas, a criação de avatares digitais é uma estratégia do Zoom para se destacar frente a gigantes como Google, Microsoft e Meta no campo das videoconferências. A empresa está determinada a inovar e manter sua posição de liderança em um mercado cada vez mais competitivo.
Um zoom nas cópias digitais
O Zoom experimentou um crescimento explosivo em seus ganhos, passando de um faturamento de US$ 600 milhões em 2020 para US$ 2,6 bilhões em 2021, e alcançando US$ 4 bilhões em 2022. Contudo, com o aumento da concorrência, a taxa de crescimento de receita desacelerou, registrando um crescimento de “apenas” 7% em 2023, o que resultou em uma receita de US$ 4,4 bilhões.
Para contextualizar, o valor de mercado do Zoom atingiu um pico de US$ 160 bilhões em 2020, impulsionado pela explosão do trabalho remoto durante a pandemia de Covid-19. No entanto, esse valor caiu para menos de US$ 20 bilhões atualmente, devido à intensa competição de serviços como Google Meet e Microsoft Teams, que também apresentaram crescimento expressivo.
Uma curiosidade interessante é que o tempo gasto em reuniões online triplicou desde o início da pandemia. Esse aumento significativo tem levado muitos trabalhadores a se sentirem mais solitários e estressados, devido à falta de contato presencial.
A proposta dos gêmeos digitais do Zoom poderia ajudar a mitigar esses efeitos, oferecendo uma solução tecnológica para uma melhor gestão do tempo e das interações profissionais, permitindo que o usuário precise ficar menos tempo frente à câmera.