Achou que era uma abelha? Pode ser um robô disfarçado

Por Michael Henrique
Imagem: Dall-e
  • Robô voador minúsculo imita abelhas com precisão impressionante.
  • Tecnologia usa magnetismo para controlar voo sem bateria.
  • Espionagem e resgate ganham novo aliado em miniatura.

Você viu uma abelha zumbindo por aí? Talvez não seja um inseto comum. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, desenvolveram um robô minúsculo que voa como uma abelha.

Esse dispositivo mede menos de um centímetro e pesa apenas 21 miligramas. Trata-se do menor robô sem fio voador já criado. Apesar do tamanho, ele consegue pairar no ar, mudar de direção e até atingir alvos com precisão. O professor Liwei Lin, que liderou o projeto, contou que a equipe se inspirou no comportamento natural das abelhas.

As abelhas sabem se equilibrar no ar, navegar em espaços apertados e visitar flores com precisão. A equipe quis replicar essas habilidades em um robô voador. Mas havia um desafio, como incluir bateria e eletrônicos em algo tão pequeno sem torná-lo pesado demais?

Magnetismo no lugar de baterias

Para resolver esse problema, os engenheiros da UC Berkeley eliminaram o uso de baterias. Em vez disso, criaram um sistema que usa magnetismo para levantar o robô.

A estrutura do dispositivo lembra uma hélice, com dois minúsculos ímãs embutidos. Quando um campo magnético externo é ativado, os ímãs são atraídos e repelidos, fazendo a hélice girar e levantar voo.

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Ao ajustar a intensidade do campo magnético, os pesquisadores conseguem controlar o movimento do robô. Além disso, ele não depende de fios nem de controles remotos convencionais. Esse mecanismo permite que o pequeno drone flutue, mude de rumo e siga trajetórias específicas, mesmo com limitações.

Por enquanto, o voo ainda é considerado passivo. Isso significa que o robô responde a comandos, mas pode ser afetado por fatores externos, como ventos fortes. Mesmo assim, os cientistas enxergam potencial para explorar espaços reduzidos, como fendas em estruturas, tubulações ou áreas de difícil acesso.

Aplicações futuras e preocupações

Com tamanho tão reduzido, o robô chama atenção pela versatilidade e também levanta questões. Além disso, sua aparência lembra uma abelha comum, o que pode gerar preocupações com privacidade e uso em operações secretas. A tecnologia pode servir para inspeções industriais, missões de resgate ou até espionagem.

Fanping Sui, coautor do estudo, afirma que a ideia principal envolve alcançar locais onde nenhum outro robô conseguiria entrar. Com melhorias no controle e na resistência ao ambiente, o dispositivo pode abrir caminho para uma nova geração de drones miniaturizados.

Embora ainda esteja em fase experimental, o pequeno robô voador mostra como a ciência se inspira na natureza para criar soluções inovadoras. Da próxima vez que uma abelha se aproximar, talvez valha a pena olhar duas vezes.

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