Amazon segue a tendência e anuncia investimento em energia nuclear para abastecer data centers

Por Luciano Rodrigues
Imagem: Dall-E

A Amazon anunciou sua entrada no setor de energia nuclear, tornando-se a mais recente gigante da tecnologia a investir nessa fonte de energia, assim como a Microsoft, Nvidia e o Google, que anteriormente se comprometeram a comprar energia nuclear de startups para alimentar seus data centers.

A iniciativa da Amazon inclui três novos acordos, com foco no desenvolvimento de pequenos reatores modulares (SMRs) e um investimento na startup X-Energy.

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A Amazon fechou dois acordos de desenvolvimento voltados para a construção de reatores no noroeste do Pacífico e na Virgínia, regiões que abrigam importantes data centers da empresa.

Esses acordos preveem a adição de aproximadamente 300 megawatts de capacidade de energia a partir de SMRs, que são menores e mais econômicos do que os reatores nucleares convencionais.

A expectativa é que os primeiros reatores comecem a gerar eletricidade no início da década de 2030.

Projetos de energia nuclear no noroeste do Pacífico e Virgínia

No noroeste do Pacífico, a Amazon firmou uma parceria com o consórcio Energy Northwest para a construção de quatro SMRs que, juntos, produzirão cerca de 320 megawatts de energia.

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O acordo prevê a possibilidade de expansão futura, aumentando a capacidade para 960 megawatts, o que seria suficiente para abastecer cerca de 1 milhão de residências.

Na Virgínia, a Amazon e a Dominion Energy também se comprometeram a explorar o desenvolvimento de 300 megawatts de capacidade adicional perto de North Anna, uma área estratégica entre Washington, DC e Richmond.

Esses projetos deverão utilizar a tecnologia desenvolvida pela X-Energy, uma startup sediada em Rockville, Maryland, que se especializa em reatores refrigerados a gás de alta temperatura.

A Amazon liderou uma nova rodada de financiamento de mais de R$ 2,8 bilhões (US$ 500 milhões) para a X-Energy, por meio de seu Climate Pledge Fund, com a participação de outros investidores, como o fundador da Citadel, Ken Griffin, e a Universidade de Michigan.

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O sistema de reatores da X-Energy, conhecido como Xe-100, gera 80 megawatts de eletricidade e utiliza uma tecnologia de combustível chamada TRISO, considerada mais segura do que os métodos atuais de combustível nuclear.

O combustível de urânio é encapsulado em pequenas partículas de carbono e dispostas em esferas do tamanho de bolas de bilhar. O hélio é usado como refrigerante para aquecer a 750°C, transformando água em vapor que alimenta uma turbina.

O primeiro reator da X-Energy será construído em uma planta química da Dow nos arredores de Corpus Christi, Texas. A startup pretende desenvolver até 5 mil megawatts de energia nuclear nos Estados Unidos até 2039.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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