Atlas, da Boston Dynamics, tem nova versão com autonomia avançada para tarefas

Por Luciano Rodrigues

A Boston Dynamics divulgou recentemente um vídeo que demonstra a última atualização de seu robô humanoide, Atlas, agora equipado com capacidades avançadas de aprendizado de máquina e sensores atualizados para realizar tarefas específicas em ambientes industriais.

Em outras demonstrações, o Atlas exibiu uma notável capacidade de movimentação e destreza, mas, desta vez, o foco está em sua autonomia em um cenário de fábrica simulado, onde ele organiza peças entre diferentes pontos de armazenamento.

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No vídeo, o Atlas é visto realizando uma tarefa aparentemente simples, mas essencial para operações de linha de montagem: movimentar tampas de motor entre contêineres de fornecedores e um carrinho de sequenciamento.

Embora a tarefa em si não pareça emocionante, ela exige que o robô combine habilidades de reconhecimento espacial, manipulação precisa e capacidade de resposta a condições dinâmicas.

Recebendo apenas uma “lista de locais de bin” para movimentação de peças, o Atlas usa uma combinação de sensores e algoritmos de aprendizado de máquina para localizar as áreas de armazenamento e ajustar seu corpo e braços para manipular as peças de maneira eficaz, utilizando suas mãos com três dedos.

O vídeo destaca também como o Atlas reage em tempo real ao ambiente ao seu redor.

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Em uma das cenas, ao tentar inserir uma peça no compartimento, ele encontra resistência devido à posição elevada do contêiner. Nesse momento, o robô ajusta a posição da peça, reorientando-a antes de colocá-la novamente com sucesso.

A marca d’água “Fully Autonomous” visível no vídeo reforça o esforço da Boston Dynamics em mostrar que o Atlas agora pode realizar tarefas complexas com intervenção mínima de operadores humanos.

Atlas promete autonomia robótica

A nova versão do Atlas surge em um momento de crescente interesse em robôs humanoides autônomos.

Recentemente, o Optimus, robô da Tesla, foi apresentado em um evento da empresa interagindo com convidados e servindo bebidas.

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No entanto, foi revelado que o Optimus ainda era controlado remotamente por operadores humanos, evidenciando as limitações de autonomia no projeto da Tesla em comparação com o Atlas da Boston Dynamics.

O Atlas, assim como outros robôs da Boston Dynamics, como o Spot, um modelo quadrúpede, e o Stretch, equipado com um braço manipulador, continua sendo utilizado como plataforma de demonstração de tecnologia, mas o objetivo da empresa é que esses robôs possam, um dia, ser comercializados para diferentes indústrias.

A possibilidade de um robô humanoide capaz de executar tarefas complexas de forma autônoma pode ser atraente para empresas de logística e manufatura, mas o sucesso comercial também depende do custo de produção e acessibilidade dessas máquinas.

Para a Boston Dynamics, o desenvolvimento do Atlas representa um avanço em direção a robôs humanoides que não apenas reproduzam movimentos humanos, mas também adaptem esses movimentos a cenários reais de trabalho, interagindo de forma autônoma e precisa em ambientes que exigem manipulação detalhada e reações rápidas a situações imprevistas.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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