O primeiro avião supersônico financiado por particulares, o Boom XB-1, quebrou a barreira do som em um voo histórico realizado sobre o Mojave Air & Space Port, na Califórnia.
Com a presença do piloto-chefe de testes, Tristan Brandenburg, a aeronave atingiu uma impressionante velocidade de Mach 1.122, marcando o 12º voo da empresa.
O local do voo não foi escolhido por acaso. O Mojave Air & Space Port é o mesmo corredor aéreo onde, em 1947, Chuck Yeager se tornou o primeiro ser humano a quebrar a barreira do som com o X-1.
Agora, mais de sete décadas depois, a Boom Supersonic comemora uma nova era para os voos supersônicos comerciais.
O objetivo do voo foi testar tecnologias inovadoras, como um sistema de realidade aumentada para o piloto, que permite enxergar para frente durante a decolagem e o pouso, apesar do nariz longo e fino da aeronave.
A aeronave XB-1 também fez história como o primeiro modelo supersônico privado fabricado nos Estados Unidos.
Avião Supersonic
Atingindo uma altitude de 35.290 pés (19.756 m), o XB-1 não foi apenas um recorde. Ele preparou o caminho para o futuro, principalmente para o Overture, o avião supersônico da Boom, previsto para operar em 2029.
Com capacidade para até 80 passageiros e velocidades de até Mach 1.7, o Overture irá conectar mais de 600 rotas globais, oferecendo viagens rápidas e confortáveis.
O design inovador da Boom Supersonic não se limita à velocidade. A aeronave é projetada para ser sustentável, utilizando materiais compostos de carbono e entradas de ar especiais para seu motor turbofan Symphony.
A aerodinâmica também foi digitalmente otimizada, permitindo estabilidade tanto em velocidades supersônicas quanto subsônicas.
Embora o Overture não consiga contornar as regulamentações da FAA para voos supersônicos sobre solo americano, a Boom promete um futuro mais rápido.
O design permitirá que ele voe cerca de 20% mais rápido que os aviões comerciais comuns sobre terra, atingindo Mach 0.94, sem causar o estrondo sônico tão conhecido.
Tristan Brandenburg, emocionado com o sucesso do voo, afirmou: “Foi um privilégio fazer parte desse marco. Cada membro da equipe foi essencial para o sucesso.”
O resultado desse voo não é apenas uma conquista técnica, mas um passo importante rumo ao futuro das viagens supersônicas.