O texto, com 1.800 páginas, aborda questões além da tecnologia. Ele exige relatórios sobre tentativas da China de contornar regulamentações americanas e investigações sobre o avanço das capacidades biotecnológicas chinesas.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos prepara uma votação crucial na próxima semana. O objetivo é aprovar um pacote de defesa anual que destina mais de R$ 3 bilhões para remover equipamentos chineses das redes de telecomunicações do país. A iniciativa reflete a preocupação com a segurança nacional e a pressão por redes mais confiáveis.
Plano de substituição de equipamentos
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) estima que a substituição dos equipamentos inseguros custará quase R$ 5 bilhões. No entanto, até o momento, o Congresso aprovou apenas R$ 1,9 bilhão para financiar esse programa, conhecido como “remover e substituir”. O déficit de R$ 3,08 bilhões ameaça a implementação total do plano, especialmente para operadoras de regiões rurais, que dependem dessas redes para fornecer conectividade.
A presidente da FCC, Jessica Rosenworcel, alertou sobre a urgência de um financiamento adicional. Segundo ela, a falta de recursos coloca em risco não apenas a segurança nacional, mas também o acesso à comunicação em áreas mais remotas do país. A proposta do orçamento de 2023 inclui um pedido de R$ 3,1 bilhões para acelerar esse processo.
Reação internacional e alternativas
Washington pressiona aliados internacionais a seguirem o mesmo caminho, eliminando equipamentos chineses como os fabricados pela Huawei e ZTE de suas redes. Esses esforços reforçam a estratégia americana de limitar a influência tecnológica da China em um contexto global.
A senadora Maria Cantwell, presidente do Comitê de Comércio do Senado, destacou que parte dos fundos necessários virá de um leilão único de espectro pela FCC. Esse leilão ajudará a suprir as crescentes demandas por conectividade sem fio no país, além de destinar até R$ 500 milhões para a criação de centros regionais de tecnologia.
Com essa votação, os EUA buscam reafirmar sua posição no cenário global e fortalecer a segurança interna. A aprovação desse pacote sinalizará um corte definitivo nos laços tecnológicos com a China, consolidando um novo capítulo na rivalidade entre as duas potências.