Em mais um processo contra críticos da X, Elon Musk leva grupo sem fins lucrativos a encerrar atividades

Por Luciano Rodrigues
Em mais um processo contra críticos da X, Elon Musk leva grupo sem fins lucrativos a encerrar atividades - Imagem: Dall-E

O Global Alliance for Responsible Media (GARM), um grupo da indústria de publicidade sem fins lucrativos, se viu obrigado a encerrar suas operações, após processo da rede social X, do bilionário Elon Musk.

O GARM, que é uma iniciativa voluntária administrada pela World Federation of Advertisers, foi criado para ajudar marcas a evitar que seus anúncios aparecessem ao lado de conteúdos ilegais ou prejudiciais.

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No entanto, após a ação judicial movida pelo X, conforme relatado pela CNN, o grupo decidiu descontinuar suas atividades, alegando que as recentes acusações drenaram significativamente seus recursos e finanças.

A decisão do GARM de fechar suas portas marca uma vitória temporária para Musk e a CEO do X, Linda Yaccarino.

Em uma declaração na plataforma, Yaccarino afirmou que:

Nenhum pequeno grupo deve ser capaz de monopolizar o que é monetizado.”

Ela também sugeriu que a ação judicial pode abrir caminho para uma reforma no ecossistema de publicidade digital.

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Vitória temporária para Musk, mas com possíveis repercussões

No entanto, esse movimento pode afastar ainda mais os anunciantes do X, especialmente em um momento em que a plataforma já enfrenta desafios significativos em seu negócio de publicidade.

A ação judicial alega que a GARM conspirou para reter coletivamente bilhões de dólares em publicidade do X, motivada por preocupações de que a plataforma havia se desviado dos padrões de segurança da marca desde a aquisição de Musk.

O processo também nomeia quatro membros do GARM — CVS, Unilever, Mars e Ørsted — como réus, aumentando ainda mais a tensão entre o X e grandes anunciantes globais.

O GARM foi originalmente criado em 2019, após o tiroteio na Mesquita de Christchurch, na Nova Zelândia, onde o assassino transmitiu o ataque ao vivo no Facebook.

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Desde então, o grupo trabalhou para reduzir a presença de anúncios ao lado de conteúdos prejudiciais, uma missão que se tornou ainda mais relevante com a aquisição do X por Musk em 2022, que levantou preocupações sobre a segurança da marca na plataforma.

Apesar da vitória inicial para Musk, a pressão sobre o X continua.

O processo pode levantar preocupações entre outros órgãos de fiscalização da mídia e provocar um efeito cascata no relacionamento da plataforma com seus anunciantes.

Recentemente, um processo judicial da X contra a organização Media Matters for America (MMFA) recebeu permissão para continuar, após uma decisão controversa do juiz Reed O’Connor, que tem interesse financeiro na Tesla.

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O processo, iniciado no Texas, acusa a MMFA de manipular o algoritmo da X para exibir anúncios junto a conteúdo racista, levando empresas a retirarem suas publicidades.

A decisão de permitir que o caso prossiga levanta preocupações sobre a imparcialidade do julgamento e reforça as críticas de que Musk estaria usando o sistema jurídico para silenciar opositores em vez de lidar com críticas de forma transparente.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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