A JetZero, uma startup focada em aviação sustentável, em parceria com a companhia aérea britânica easyJet, anunciou o lançamento do primeiro avião comercial de asa mista do mundo. Esta inovação promete revolucionar o setor aéreo, com uma redução significativa no consumo de combustível e nas emissões de carbono, estimada em 50%.
O objetivo da parceria é impulsionar o desenvolvimento de aeronaves movidas a hidrogênio, abrindo caminho para voos de longo alcance com zero emissões.
A fuselagem de asa mista, conhecida como BWB (Blended Wing Body), é um dos principais destaques dessa aeronave. O design aerodinâmico anula a necessidade de uma asa traseira, o que reduz o arrasto e o peso da aeronave, resultando em motores menores e maior eficiência.
Além disso, a configuração de corpo combinado proporciona maior espaço para a instalação de tanques de hidrogênio, que podem armazenar uma quantidade considerável de combustível, viabilizando voos mais longos com menor impacto ambiental.
A easyJet, amplamente conhecida por ser uma companhia de baixo custo na Europa, tem investido consistentemente em tecnologias de aviação sustentável. A parceria com a JetZero é mais um passo em direção ao seu objetivo de reduzir as emissões de carbono no setor aéreo.
Em 2022, a empresa já havia se unido à Rolls-Royce para testar motores movidos a hidrogênio, e agora aposta na fuselagem de asa mista como a solução para atingir o marco de zero emissões em voos comerciais.
Avião comercial de asa mista
Tom O’Leary, CEO da JetZero, destacou a importância da parceria: “A configuração de corpo de asa combinada da JetZero oferece o que a indústria mais precisa hoje: menor queima de combustível, menores emissões e um caminho viável para zero emissões de carbono. Damos as boas-vindas à easyJet em nossa jornada para transformar a aviação”.
O design BWB é amplamente elogiado por sua eficiência, permitindo uma queima de combustível até 50% menor em comparação com aeronaves convencionais. Além de sua eficiência energética, a fuselagem de asa mista oferece uma plataforma ideal para integrar tecnologias de propulsão a hidrogênio, que são vistas como o futuro da aviação de longo alcance e baixo impacto ambiental.
O fundador da JetZero, Mark Page, explicou o impacto dessa inovação: “A asa combinada é 50% mais eficiente. Ela usa metade do combustível e produz metade do dióxido de carbono em comparação com uma aeronave de tubo e asa”.
Com o apoio da easyJet e o financiamento de US$ 235 milhões do Departamento de Defesa dos EUA, a JetZero planeja lançar o primeiro demonstrador em larga escala até 2027. Se tudo ocorrer conforme o cronograma, a expectativa é que o primeiro avião comercial de asa mista esteja pronto para entrar em operação até 2030.