Google aumenta 50% nas emissões de carbono e coloca meta climática em risco

Por Luciano Rodrigues
Aumento de 50% nas emissões de carbono do Google coloca meta climática em risco - Imagem: Dall-E

As emissões de carbono do Google aumentaram em 50% nos últimos cinco anos, um crescimento impulsionado pelo boom da inteligência artificial. Esse aumento significativo afasta a empresa de sua meta de reduzir sua pegada climática até 2030, com os data centers desempenhando um papel crucial nesse desafio.

Para que sistemas de IA como o Gemini, o ChatGPT ou qualquer outro operem eficientemente, é necessário um uso intensivo de data centers. Estas enormes instalações abrigam centenas de computadores ultrarrápidos que, por sua vez, exigem uma quantidade enorme de energia, que, muitas vezes, é proveniente da queima de combustíveis fósseis, resultando em altas emissões de carbono.

A magnitude desse consumo energético é alarmante e um sistema de IA generativa, como o ChatGPT, pode utilizar cerca de 33 vezes mais energia do que um sistema convencional.

Esse padrão de consumo é observado em diversas BIG TECHs.

Além do Google, a Microsoft reportou um aumento de quase 30% em suas emissões desde 2020, devido principalmente à construção de novos data centers. Meta e Amazon também registraram aumentos significativos nas suas emissões de carbono.

Google e Big Techs buscam solução

O impacto desse aumento na demanda por eletricidade é substancial. Estima-se que a necessidade de eletricidade para alimentar essas tecnologias de IA crescerá 20% até 2030.

Os data centers devem adicionar mais de 300 Terawatts-hora ao consumo global de energia, um número que supera o consumo anual de toda a Itália.

Diante desse cenário, a busca por soluções sustentáveis se torna mais urgente.

Recentemente, foram lançadas premiações voltadas para inovações que possam mitigar os efeitos das emissões de carbono nas operações de grandes empresas de tecnologia.

Essas premiações incentivam desenvolvedores e empresas a criarem soluções energéticas mais eficientes e a explorarem fontes de energia renovável.

O Google, que se comprometeu a operar com energia livre de carbono até 2030, enfrenta agora um desafio ainda maior para atingir essa meta. A empresa terá que equilibrar o crescimento da sua infraestrutura de IA com a necessidade de adotar práticas mais sustentáveis e reduzir sua dependência de combustíveis fósseis.

A Microsoft, a Meta e a Amazon também estão sob pressão para encontrarem maneiras de minimizar suas pegadas ambientais. As ações dessas empresas não só impactam suas próprias metas de sustentabilidade, mas também definem o ritmo e a direção para toda a indústria de tecnologia.

Em resumo, enquanto o avanço da inteligência artificial promete transformar diversos setores da economia, ele também traz desafios ambientais significativos.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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