Guerra cypher: China equipa submarinos com laser para derrubar satélites de Elon Musk

Por Cássio Gusson
Submarinos equipados com laser fazem parte dos planos da China. Foto: Dall-e

A China está avançando em uma nova fronteira da guerra cibernética com o desenvolvimento de submarinos equipados com lasers de alta potência, projetados para destruir satélites, incluindo os da rede Starlink de Elon Musk.

De acordo com um estudo recente realizado por cientistas do Exército de Libertação Popular (PLA), esses submarinos, armados com armas laser de classe megawatt, poderiam derrubar satélites de comunicação se a segurança nacional da China estiver em risco.

O estudo, liderado pela professora Wang Dan da Academia Naval de Submarinos, detalha como esses submarinos poderiam operar. Equipados com um “mastro optoeletrônico” retrátil, os submarinos poderiam permanecer submersos enquanto disparam lasers em direção aos satélites antes de mergulharem novamente para evitar detecção.

Os maiores desafios para operações anti-satélite não são apenas atingir os satélites, mas fazê-lo sem ser detectado.

“Atualmente, os meios primários de operações anti-satélite dependem de mísseis terra-ar, mas esta abordagem tem problemas significativos, principalmente em termos de ocultação”, escreveu Wang e sua equipe.

Os satélites Starlink, em particular, são numerosos, densamente distribuídos e pequenos, tornando os ataques com mísseis ineficazes. As armas laser baseadas em submarinos oferecem uma solução para esses problemas.

China equipa submarinos com laser

O estudo sugere que esses submarinos de ataque a laser poderiam ser produzidos em massa e implantados em vários oceanos para enfrentar ameaças militares à China. Além das operações anti-satélite, os submarinos equipados com lasers poderiam realizar outras missões, como atacar aeronaves anti-submarino, escoltar navios mercantes e submarinos de mísseis estratégicos, bem como realizar ataques a alvos terrestres como radares e instalações de armazenamento de petróleo.

A preocupação da China com os satélites Starlink aumentou após incidentes em 2021, onde dois satélites da rede se aproximaram perigosamente da estação espacial chinesa, forçando os astronautas a realizarem procedimentos de evacuação de emergência. Esse evento consolidou a percepção de Pequim de que os satélites baratos do Starlink poderiam ser usados para atingir os caros ativos espaciais da China.

Além disso, a colaboração do Starlink com o Pentágono no programa Starshield, destinado a monitorar as armas hipersônicas da China, intensificou essas preocupações.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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