Incêndios florestais serão monitorados por rede de satélites FireSat do Google e Muon Space

Por Luciano Rodrigues
Incêndios florestais serão monitorados por rede de satélites FireSat do Google e Muon Space - Imagem: Dall-E

A partir de 2025, o monitoramento de incêndios florestais ganhará um novo aliado: a constelação de satélites FireSat. A iniciativa é uma colaboração entre o Google, a Muon Space e a Earth Fire Alliance, com o objetivo de detectar incêndios florestais com mais eficiência e em tempo real.

O FireSat utilizará sensores infravermelhos desenvolvidos pelo Google para identificar assinaturas de calor e, com o apoio da inteligência artificial, fornecer informações valiosas às autoridades de combate a incêndios.

Atualmente, o monitoramento de incêndios florestais por satélite enfrenta um dilema: imagens de alta resolução só podem ser obtidas com menos frequência, enquanto atualizações mais rápidas são feitas com menor precisão.

Com o FireSat, a promessa é entregar atualizações de imagens a cada 20 minutos, oferecendo uma resolução capaz de detectar incêndios de até cinco metros quadrados. Essa precisão pode permitir que os bombeiros combatam o fogo nos estágios iniciais, antes que se transformem em incêndios de grandes proporções.

O lançamento do primeiro satélite está previsto para o início de 2025, e a constelação será composta por mais de 50 satélites ao longo dos próximos anos.

Com essa tecnologia, espera-se que incêndios em áreas remotas e florestas densas possam ser detectados e combatidos com maior eficácia, reduzindo danos ambientais e riscos à vida.

A situação dos incêndios florestais no Brasil

No Brasil, os incêndios florestais continuam sendo uma preocupação significativa. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a União apresente planos para prevenir e combater as queimadas na Amazônia e no Pantanal. Essas medidas incluem o monitoramento das áreas de risco e a melhoria da capacidade operacional de sistemas de combate, como o Prevfogo.

A fiscalização de atividades ilegais e o uso de tecnologias avançadas, como drones e satélites, também são parte dessas estratégias, com o objetivo de detectar focos de incêndio precocemente

Além disso, a legislação ambiental vem sendo reforçada com sanções mais rígidas. Prisões relacionadas a crimes ambientais, especialmente queimadas não autorizadas, têm aumentado, mas a situação ainda é gravíssima, considerando que o país enfrenta uma seca severa.

Nas últimas semanas, várias regiões do país chegaram a ficar cobertos por uma manta de fumaça e o ar na cidade de São Paulo foi classificado como o pior do mundo para respirar por dias seguidos.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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