Robô da Boston Dynamics aprende a ‘dar mortal’

Por Cássio Gusson
Imagem: Boston Dynamics
  • Robô Atlas domina saltos e dança com precisão impressionante.
  • Robô da Boston Dynamics desafia os limites da robótica.
  • Movimento fluido mostra futuro real da inteligência artificial física.

A Boston Dynamics surpreendeu o mundo mais uma vez. Em um novo vídeo, a empresa revelou que seu robô humanoide Atlas aprendeu a dar mortais, cambalhotas e até movimentos de breakdance com uma naturalidade que impressiona até especialistas. O registro viralizou entre entusiastas da robótica, mostrando como a inteligência artificial está dominando o corpo mecânico com confiança e fluidez.

O Atlas já chamava atenção por sua capacidade de caminhar, correr e subir escadas. Agora, com movimentos suaves e coordenados, ele executa acrobacias complexas como saltos mortais e giros de 360 graus. O robô também simula o impulso de corrida ao inclinar o corpo para frente, e desacelera puxando o tronco para trás — gestos típicos do corpo humano.

World's First Side-Flipping Humanoid Robot: Unitree G1

Robô da Boston Dynamics desafia os limites do movimento humano

Diferente de outras empresas, como Tesla e Agility, que focam em tarefas práticas, a Boston Dynamics segue explorando o aspecto físico. Enquanto muitas companhias priorizam robôs que pegam objetos e realizam serviços simples, a Boston foca em criar máquinas que se movimentam com agilidade e autonomia, mesmo que essas habilidades ainda não tenham aplicações imediatas no mercado.

A fluidez nos movimentos de Atlas mostra como os robôs estão evoluindo rapidamente. O robô já se movimenta com mais segurança, equilíbrio e naturalidade do que muitos previram para esta década. O domínio da máquina sobre o próprio corpo lembra o desenvolvimento motor de uma criança — só que em ritmo acelerado e com saltos impressionantes.

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Enquanto empresas chinesas como a Unitree lançam modelos como o G1, capazes de fazer mortais laterais e caminhar com “estilo”, o Atlas mostra mais consistência e controle. O G1 se destaca pelo baixo custo e leveza, mas o robô da Boston Dynamics lidera quando o assunto é precisão de movimento.

O diferencial está na estrutura. O Atlas conta com articulações giratórias em quadril, cintura, pescoço e braços, permitindo giro completo do tronco e cabeça, o que amplia as possibilidades de movimentação. Em um dos momentos do vídeo, o robô se levanta com a cabeça virada para trás — uma façanha que desafia os padrões de movimento humano.

Atlas ensina o que a IA pode fazer no mundo físico

A equipe da Boston Dynamics parece mais focada em ensinar seus robôs a entender o equilíbrio e antecipar movimentos, algo que os humanos fazem naturalmente. Essa capacidade permite que o robô reaja a terrenos instáveis, obstáculos inesperados e mudanças repentinas no ambiente. Com isso, a empresa avança rumo a um objetivo audacioso: criar robôs capazes de interagir com o mundo real da mesma forma que humanos.

Por enquanto, esses robôs ainda atuam em ambientes controlados, como laboratórios e fábricas. Mas, com os avanços recentes, fica cada vez mais claro que androides como Atlas vão interagir com humanos no dia a dia muito em breve.

Se antes tudo parecia ficção científica, hoje a robótica vive sua própria revolução. O Atlas não só caminha — ele gira, salta e dança. E, mais do que isso, ele aprende.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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