Alunos de escola pública criam projetos de robótica com materiais recicláveis

Por Luciano Rodrigues
Imagem: Dall-E

Alunos do Ensino Médio da ETEC Professora Ermelinda Giannini Teixeira, em Santana do Parnaíba, apresentaram uma série de projetos inovadores de robótica no encerramento da primeira edição do Projeto Engenhoka.

A exposição, que reuniu mais de 400 jovens participantes, foi marcada por criações que mesclaram arte, robótica e sustentabilidade.

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Os alunos utilizaram materiais recicláveis para desenvolver seus projetos, incluindo desde um baú com sensor de distância que abre sozinho, até uma escultura de dragão voador que se movimenta e brilha no ar.

O Projeto Engenhoka, idealizado pelo Instituto Burburinho, introduziu conceitos de robótica e programação de forma prática e criativa, impactando positivamente a vida de crianças e jovens de escolas públicas de São Paulo.

Ao longo das oficinas, os participantes aprenderam a montar circuitos, programar dispositivos e criar suas próprias invenções utilizando materiais simples e recicláveis, como papelão, tinta acrílica, caixinhas de ovos e até palitos de churrasco.

Criatividade e robótica no ensino de tecnologia

Entre os projetos mais premiados estava o baú com sensor de distância, que foi inspirado no famoso jogo Minecraft.

Os alunos Pâmela Mendes, Gabriel Ferro e Isabella Borges desenvolveram o sistema com uma placa Arduino e servomotor para detectar movimentos e abrir automaticamente.

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Para Pâmela, que tem 17 anos, o Engenhoka foi uma oportunidade única de testar novas habilidades e se aprofundar na robótica de maneira acessível, principalmente com baixo custo e a possibilidade de reprodução do projeto em casa.

Os componentes são baratos e fáceis de encontrar na internet, na caixa usamos papelão, fita isolante e tinta acrílica. O Engenhoka foi um experimento de autoconhecimento, uma oportunidade para testar novas habilidades para quem sabe descobrir uma nova paixão.

Outro projeto que chamou a atenção foi a escultura de um dragão voador, criada por Arthur Moreira, Guilherme Oliveira e Kaique Jessé.

A obra, inspirada no Pokémon Rayquaza, utilizou arame, papel higiênico, pisca-piscas de Natal e outros materiais recicláveis.

Para os estudantes, o projeto não só fortaleceu sua paixão por robótica, mas também os ajudou a perceber a importância da reciclagem e da criatividade na criação de soluções tecnológicas.

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É um brinquedo que todo mundo pode fazer em casa, justamente porque a nossa ideia foi juntar criatividade e reciclagem – Arthur Moreira.

Alunos de escola pública criam projetos de robótica com materiais recicláveis
Arthur Moreira, Guilherme Oliveira e Kaique Jessé, autores do dragão voador – Imagem: Divulgação

A diretora da escola, Luzia Cintra, comentou o impacto positivo do projeto no desenvolvimento dos alunos, destacando que o Engenhoka não apenas os desafiou a pensar fora da caixa, mas também fortaleceu o trabalho em equipe e a amizade entre os estudantes.

Além disso, o projeto deixou um legado valioso para a escola: um estúdio maker completo, com equipamentos como impressoras 3D, tablets e materiais pedagógicos de alta qualidade, onde os alunos poderão continuar desenvolvendo suas habilidades de forma prática, conforme destaca a diretora.

O estúdio maker é um sonho, nossa chance de sair do espaço convencional de sala de aula para colocar a mão na massa, despertar a criatividade e pensamento crítico. Os alunos ganharam muito, mas a escola também ficou com essa herança muito valiosa.

Para Priscila Seixas, presidente do Instituto Burburinho, o Engenhoka é uma prova de que a robótica educacional, aliada à História da Arte, é um instrumento poderoso no desenvolvimento de habilidades essenciais para o mercado de trabalho e para a vida cotidiana.

A iniciativa, patrocinada por grandes empresas como Siemens e Google Brasil, reflete a crescente necessidade de preparar os jovens para os desafios do futuro, estimulando o pensamento crítico e a resolução de problemas de forma criativa e prática.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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