Em uma nova reviravolta no cenário jurídico, 13 estados dos Estados Unidos entraram com um processo contra o TikTok. A ação acusa a plataforma de influenciar negativamente a saúde mental das crianças e adolescentes, exacerbando questões como ansiedade, depressão e outros problemas emocionais. O caso levanta mais uma vez o debate sobre a responsabilidade das redes sociais no bem-estar psicológico dos jovens.
O processo alega que o TikTok contribui para o aumento de transtornos psicológicos entre crianças e adolescentes. Os procuradores gerais dos estados afirmam que o algoritmo da plataforma promove conteúdo prejudicial, incluindo vídeos que incentivam distúrbios alimentares, comportamentos autodestrutivos e até suicídio. Eles apontam que a empresa não fez o suficiente para limitar o acesso de menores de idade a esse tipo de material.
Com o crescimento acelerado do TikTok, pais, educadores e profissionais de saúde mental têm levantado preocupações sobre o tempo excessivo que os jovens passam na plataforma. Estudos recentes indicam que a exposição contínua a conteúdos irrelevantes ou nocivos pode impactar negativamente o desenvolvimento emocional e social.
Estados buscam responsabilizar o TikTok
Os 13 estados que lideram o processo visam responsabilizar o TikTok por sua falta de ação em mitigar os danos causados aos usuários mais jovens. Eles argumentam que a empresa falhou em fornecer medidas adequadas de proteção, como filtros mais rigorosos para conteúdo sensível e ferramentas que incentivem o uso moderado da plataforma.
O processo destaca que o TikTok se beneficiou financeiramente ao manter os jovens engajados por longos períodos, sem considerar as consequências psicológicas desse comportamento. A queixa formal sugere que a plataforma coloca os lucros acima da segurança dos seus usuários.
Em sua defesa, o TikTok afirmou que a plataforma já implementou diversas medidas para melhorar a segurança e o bem-estar de seus usuários, incluindo limites de tempo para menores de idade, restrições de conteúdo explícito e recursos educativos sobre o uso responsável. A empresa também reforça que trabalha continuamente para aprimorar essas ferramentas.
No entanto, os estados que estão processando a plataforma acreditam que as mudanças implementadas são insuficientes e tardias. Eles pedem medidas mais agressivas e regulatórias, incluindo multas e restrições adicionais que garantam a proteção dos usuários mais jovens.