Agência Espacial Europeia vai lançar DRACO, satélite cujo único objetivo é ser destruído

Por Luciano Rodrigues

A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou um ambicioso projeto que promete ajudar na compreensão dos processos de reentrada de satélites na atmosfera da Terra: lançar um satélite com o único propósito de destruí-lo na reentrada da atmosfera.

Previsto para 2027, o satélite DRACO (Destructive Reentry Assessment Container Object) será lançado com o objetivo específico de coletar dados críticos sobre como os satélites se desintegram ao cair de volta à Terra, ajudando a prevenir a formação de novos detritos espaciais.

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A missão DRACO faz parte da iniciativa Zero Debris Charter da ESA, que busca impedir a criação de novos detritos espaciais até 2030. O acúmulo de lixo espacial é um problema crescente à medida que o número de satélites em órbita aumenta exponencialmente.

DRACO: uma missão pioneira para prevenir lixo espacial

O satélite DRACO terá aproximadamente o tamanho de uma máquina de lavar, com 200 kg (441 libras) de peso.

A empresa Deimos, especializada em engenharia aeroespacial, foi contratada para construir o satélite, que estará equipado com 200 sensores e quatro câmeras, mas sem sistemas de propulsão ou navegação.

O design imita a reentrada descontrolada de satélites, comum entre detritos espaciais que retornam à Terra.

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Dentro do DRACO, haverá uma cápsula de 40 centímetros especialmente projetada para sobreviver à reentrada e transmitir dados vitais enquanto desce em direção ao oceano.

A ESA estima que terá uma janela de 20 minutos para coletar as informações necessárias antes que a cápsula atinja a água.

Esse curto período apresenta um grande desafio para os engenheiros, que precisam garantir que a cápsula abra o paraquedas e transmita os dados antes de sua destruição.

A missão DRACO não será apenas um experimento científico, mas também um marco importante para as políticas de sustentabilidade espacial, já que com milhares de novos satélites podendo ser lançados nos próximos anos, o acúmulo de lixo espacial pode comprometer futuras missões e até mesmo a segurança na órbita terrestre.

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Ao entender melhor como satélites se desintegram na reentrada, os cientistas esperam desenvolver tecnologias e diretrizes que minimizem os riscos de colisões e fragmentações, contribuindo para um ambiente orbital mais seguro.

Se bem-sucedida, a missão DRACO fornecerá dados essenciais para moldar o futuro da exploração espacial e proteger a Terra de ameaças vindas do espaço.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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