Brasil vai colaborar com o maior projeto astronômico do mundo que busca vida em outros planetas

Por Cássio Gusson
Brasil vai coloborar com o maior projeto astronômico do mundo que busca vida em outros planetas. Foto: Dall-e

O Brasil está prestes a dar um grande passo na exploração espacial ao integrar o maior projeto astronômico em desenvolvimento no mundo: o Andes (Espectrógrafo Echelle de Alta Dispersão). Este sofisticado instrumento será instalado no European Extremely Large Telescope (EELT), localizado no deserto do Atacama, no Chile, e promete revolucionar a busca por sinais de vida em exoplanetas e a detecção das primeiras estrelas do universo.

No dia 5 de junho, um acordo histórico foi assinado, incluindo a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Observatório Nacional (ON) no projeto Andes. Esse documento autorizou o início das construções do espectrógrafo, marcando o início de uma colaboração internacional que busca expandir as fronteiras do conhecimento astronômico.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O principal objetivo do Andes é estudar as atmosferas de exoplanetas semelhantes à Terra em busca de sinais de vida. Além disso, o espectrógrafo analisará os elementos químicos de objetos distantes, com a ambição de se tornar o primeiro instrumento a detectar sinais das primeiras estrelas formadas no universo

. “Além das inúmeras perspectivas científicas em várias áreas da Astronomia, o Andes também oferece uma oportunidade única de testar aspectos fundamentais em Cosmologia e Física Teórica”, disse Jailson Alcaniz, diretor do Observatório Nacional e membro do grupo de cosmologia e física fundamental do projeto Andes/ELT/ESO, em um comunicado à imprensa.

Vida em outros planetas

Ao analisar os comprimentos de onda dos raios de luz, o Andes permitirá que os astrônomos identifiquem detalhes de objetos no espaço, como sua composição química. Esse dispositivo pode atingir recordes de precisão na análise da luz visível do universo, proporcionando insights sem precedentes sobre a formação e evolução dos corpos celestes.

O EELT, que abrigará o Andes, está previsto para ser concluído até o final da década de 2020. Este será o maior telescópio óptico do mundo, com uma capacidade de observação incomparável. Sua construção no deserto do Atacama, conhecido por suas condições atmosféricas ideais para a observação astronômica, garante que os dados coletados sejam de altíssima qualidade.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A inclusão do Brasil nesse projeto destaca a importância da colaboração internacional na ciência. Participar de uma iniciativa dessa magnitude não só coloca o Brasil na vanguarda da pesquisa astronômica, mas também abre portas para o desenvolvimento tecnológico e científico do país. O envolvimento de instituições como a UFRN e o ON reflete o compromisso do Brasil em contribuir para o avanço do conhecimento global.

Compartilhe:
Siga:
Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
Sair da versão mobile