Chang’e 6, da China, deve pousar no lado oculto da lua neste domingo, 2

Por Luciano Rodrigues
Chang'e 6, da China, deve pousar no lado oculto da lua neste domingo, 2 - Imagem: Dall-E

A China prepara o pouso da missão Chang’e 6 no lado oculto da Lua para este fim de semana. Junto ao primeiro lançamento tripulado da cápsula Starliner pela Boeing a serviço da NASA, este é mais um evento espacial significativo.

Pesando 8,2 toneladas, a espaçonave Chang’e 6 carrega quatro componentes: um orbitador, um módulo de pouso, um ascendente e um módulo de reentrada. O objetivo é coletar amostras lunares do lado oculto da Lua, uma região praticamente inexplorada. Se tudo correr como planejado, as amostras serão trazidas à Terra.

Este é um feito que nenhum país do mundo realizou até agora. As amostras serão coletadas e colocadas no veículo ascendente para serem transportadas da superfície lunar para a órbita. Em seguida, haverá a transferência para o módulo de reentrada, que conduzirá os itens para a Terra.

Módulo da Chang’e 6 deve pousar no domingo, 2

De acordo com o site Space.com, a nave robótica deve pousar no domingo (2), pelo horário de Pequim, que provavelmente seria na noite de sábado (1º) para o Brasil. Países como EUA e a antiga União Soviética já trouxeram amostras lunares, mas todas do lado visível da Lua.

A missão Chang’e 6 passará três dias estudando a área de pouso dentro da Bacia do Polo Sul-Aitken, a maior e mais antiga bacia de impacto na Lua. Durante este período, amostras serão coletadas e enviadas para um laboratório em Pequim. A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) disponibilizará as amostras para estudo via aplicativo.

A espaçonave foi lançada em 3 de maio, às 6h27 da manhã, pelo horário de Brasília, no topo de um foguete Long March 5. Cerca de 37 minutos após a decolagem, a sonda Chang’e-6 se separou do foguete e entrou em sua órbita planejada de transferência Terra-Lua.

Segundo a CNSA, o lançamento foi um sucesso completo. Wu Weiren, cientista da Academia Chinesa de Engenharia, destacou o feito:

“Coletar e entregar à Terra amostras do lado oculto da Lua é um feito sem precedentes. Se a missão Chang’e 6 conseguir atingir seu objetivo, fornecerá aos cientistas a primeira evidência direta para entender o ambiente e a composição material do lado oculto da Lua”.

O próximo passo é um pouso suave no lado distante. Dentro de 48 horas após o pouso, um braço robótico será estendido para colher rochas e solo da superfície lunar.

A missão total durará 53 dias, com a espaçonave pousando na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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