Olhar para as estrelas revela muito do que o Universo já foi e nos lança pistas do que ainda será. No entanto, descobrir quais são as estrelas mais antigas do Universo sempre foi uma das maiores missões dos astrônomos em todo o mundo. Ao que parece, agora, temos, finalmente, uma solução.
Mas essa jornada em busca das estrelas mais antigas do Universo não acabou conforme esperávamos. Isso porque, ao invés de estrelas íntegras, o que encontraram foram os restos delas. É isso o que um grupo de cientistas da Universidade de Florença divulgou recentemente com empolgação no The Astrophysical Journal.
A descoberta das estrelas mais antigas do Universo é emocionante
O conglomerado de nuvens de gases que foi formado pela dissolução das estrelas mais antigas do Universo é muito distante. Mas, ainda assim, o simples fato de terem encontrado, é mais do que um achado científico.
As estrelas são, conhecidamente, compostas por hidrogênio e hélio. No entanto, esse conglomerado, é rico em carbono e em ferro. O carbono é uma das matérias mais comuns de todo o Universo, enquanto o ferro é um mineral produzido abundantemente no núcleo das estrelas por fusão nuclear.
A baixa presença de ferro nesses conglomerados estrelares é justamente um dos aspectos que mais chamam a atenção. Isso porque a reminiscência do material aponta para a antiguidade das estrelas que ali habitavam, já que os metais mais complexos só se desenvolveram muito depois, no núcleo de estrelas que surgiram nos primeiros momentos do Universo.
As imagens das estrelas mais antigas do Universo foram obtidas pelo Very Large Telescope, localizado no Chile e a descoberta só foi possível por conta do X-shooter, uma ferramenta capas de dividir a luz em um imenso espectro de ondas capaz de detectar os metais que compunham as nuvens que um dia foram estrelas.
