Maior telescópio do mundo ‘Extremely Large Telescope’ começa a ganhar forma no Chile

O Observatório Europeu do Sul (ESO) revelou imagens impressionantes do progresso na construção do Extremely Large Telescope (ELT). Este será o maior telescópio de luz visível e infravermelha do mundo.

Localizado no Cerro Armazones, no deserto do Atacama, no Chile, o ELT já se destaca como uma das maiores apostas da astronomia para as próximas décadas. Assim, promete transformar a forma como observamos o universo.

Imagem: ESO (Divulgação)

Telescópio promete uma visão sem igual do cosmos

Com um espelho principal de 39 metros de diâmetro, formado por 798 segmentos hexagonais, o ELT oferecerá uma sensibilidade inigualável. A estrutura vai permitir capturar imagens extremamente detalhadas de eventos e corpos celestes distantes.

O telescópio será uma verdadeira revolução na capacidade de observação astronômica. O ELT terá potência de observação até 16 vezes superior a telescópios como o Very Large Telescope (VLT), outro projeto do ESO.

A instalação está sendo construída a 3.046 metros de altitude. Dessa forma, aproveita as condições excepcionais da região para observações no espectro de luz visível e infravermelha.

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O ELT também contará com um sofisticado sistema de óptica adaptativa. Isso o torna capaz de corrigir as distorções atmosféricas em tempo real, garantindo imagens de uma qualidade sem precedentes.

Com a conclusão prevista para 2028, o ELT não será apenas uma peça central para o ESO, mas também um dos principais pilares para a exploração do espaço nos próximos anos.

Entre suas ambiciosas metas estão, por exemplo, a investigação de exoplanetas, a composição de estrelas, buracos negros, galáxias distantes e fenômenos enigmáticos como a matéria escura e a energia escura, responsáveis pela maior parte do conteúdo do universo.

O telescópio ajudará a responder questões fundamentais sobre a origem do cosmos. Desde o nascimento das primeiras galáxias até o estudo da habitabilidade em planetas fora do nosso sistema solar.

Além disso,  ele complementará missões de telescópios espaciais, como o James Webb (James Webb Space Telescope), telescópio espacial avançado da NASA, projetado para estudar o universo em luz infravermelha, considerado o sucessor do Hubble, com maior capacidade de capturar detalhes em distâncias e profundidades inimagináveis.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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