- Asteroide 2024 YR4 tem 1,3% de chance de atingir a Terra em 2032.
- Especialistas afirmam: risco é baixo e sistemas de monitoramento funcionam.
- Tamanho estimado entre 40 e 100 metros; danos seriam localizados.
- Observações até abril de 2024 e passagem em 2028 podem zerar probabilidade.
Um visitante celeste está dando o que falar. Detectado dois dias após o Natal pelo sistema ATLAS, financiado pela NASA, o asteroide 2024 YR4 — com tamanho entre 40 e 100 metros — ganhou destaque após simulações apontarem uma chance de 1,3% de colidir com a Terra em 22 de dezembro de 2032.
Apesar do número chamativo, astrônomos garantem: não há motivos para pânico, afinal, para um risco de 1,3%, a chance de erro chega a quase 99%.
E o otimismo tem base. Sistemas internacionais de rastreamento, como o Sentry da NASA, já identificaram o objeto com quase oito anos de antecedência, tempo crucial para planejar ações de mitigação, se necessário.
Andy Rivkin, pesquisador de defesa planetária da Universidade Johns Hopkins, reforça:
Os sistemas internacionais que estamos implementando para encontrar, rastrear e caracterizar e, se necessário, mitigar os impactos de asteroides e cometas perigosos estão funcionando conforme o esperado
Como o asteroide está sendo monitorado
Descoberto no Chile em 27 de dezembro, o asteroide já se afasta da Terra, tornando-se mais fraco a cada dia.
Os astrônomos recalcularão a órbita asteroide com dados de telescópios avançados até abril e, principalmente, durante uma passagem segura pelo planeta em 2028, quando um radar medirá seu tamanho exato.
Enquanto isso, a Escala de Turim — que classifica riscos de impacto de 0 a 10 — mantém o 2024 YR4 no nível 3, o segundo mais alto já registrado.
O patamar indica “atenção astronômica” e risco acima de 1% para destruição localizada.
Para comparação, o asteroide Apophis assustou os cientistas há anos ao alcançar brevemente o nível 4, antes de descartarem a possibilidade de ameaça.
Os danos potenciais, porém, não são triviais.
Um impacto de 40 metros equivaleria ao evento de Tunguska (1908), que arrasou 2.000 quilômetros quadrados de floresta siberiana.
Já um objeto de 100 metros poderia destruir uma cidade inteira ou gerar tsunamis devastadores.
Ainda assim, Rivkin destaca otimista que, provavelmente, nas próximas observações a probabilidade deve chegar a zero.
Caso o pior cenário se confirme, a humanidade tem planos, como evacuar áreas de risco ou tentar desviá-lo com uma espaçonave.
A NASA já testou essa estratégia em 2022, alterando a trajetória de um asteroide com a missão DART.
E também é importante lembrar que, além dos cientistas profissionais, observadores amadores estão sempre de olhos nos céus.
Como o caso de Arthur Ruiz, de apenas 7 anos, que descobriu um asteroide, que foi denominado como 2024 JB