O Telescópio Espacial James Webb capturou durante dois anos dados que, hoje, consolidados e interpretados, validam a teoria de que o Universo está se expandindo de forma mais rápida do que se esperava.
Os dados atualizados pelo Telescópio Espacial James Webb atualizaram aqueles que o Hubble havia coletado anteriormente e lançam o que sabemos sobre a expansão do Universo a um novo paradigma.
De acordo com a Nasa, os dados demonstram que a expansão do Universo se dá a uma taxa 8% mais veloz do que o que sabíamos antes. Essa discrepância entre os dados iniciais a respeito da evolução universal e os dados mais atuais é chamada de Tensão de Hubble.
Embora possa parecer, a discrepância entre os dados não se dá por erro interpretativo ou mesmo de cálculo e, sim, por conta da capacidade do James Webb de capturar evidências. Isso se dá, sobretudo, porque estamos falando do maior telescópio espacial que já lançamos ao espaço.
O Hubble, embora tenha sido por muito tempo a nossa melhor fonte de informações espaciais, tinha sérias complicações em relação aos erros frequentes de seus instrumentos.
Agora, superada a obsolescência do telescópio espacial mais antigo, é possível coletar informações a respeito da evolução do espaço como jamais tivemos acesso antes.
Quando se trata do Universo ainda muito se ignora sobre matéria e energia escura
De acordo com Adam Riess, da Universidade Johns Hopkins, autor do artigo que atualiza dados acerca da expansão do Universo, ainda ignoramos muito sobre a matéria escura e a energia escura. E essas duas “substâncias” são, até o que se sabe, aquilo que constitui cerca de 96% do que é o Universo.
É nisso que o Telescópio Espacial James Webb tanto inova. Ao oferecer uma nova compreensão do que é o Universo por meio da coleta de dados e de suas deslumbrantes fotos, sabemos mais, também, do que constitui o que é a nossa casa.
