O governo dos Estados Unidos revelou centenas de novos vídeos e relatórios de objetos voadores não identificados (OVNIs), ampliando o crescente interesse público pelo tema. O relatório, apresentado pelo Pentágono na quinta-feira (14), examinou 757 casos de fenômenos aéreos não identificados entre maio de 2023 e junho de 2024.
Entre esses casos, 272 correspondem a incidentes anteriores que não haviam sido relatados. A análise gerou mais perguntas do que respostas, mas não encontrou indícios de origem extraterrestre para nenhum dos fenômenos.
O Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO), criado pelo Pentágono em 2022, lidera as investigações. Segundo o relatório, quase 300 casos analisados envolvem explicações como balões, drones, aves e até satélites.
O sistema Starlink, de Elon Musk, aparece frequentemente como fonte de confusão, com suas cadeias de satélites sendo relatadas como possíveis óvnis. Apesar disso, centenas de outros incidentes permanecem sem explicação, devido à falta de dados suficientes.
OVNIs: Incidentes intrigantes e descrições incomuns
Entre os relatos, destaca-se um quase-acidente envolvendo um avião comercial e um “objeto cilíndrico” próximo à costa de Nova York. Esse caso, ainda sob investigação, levanta preocupações sobre a segurança da aviação.
Outros três relatos descrevem tripulações militares sendo acompanhadas por aeronaves não identificadas, mas sem evidências que conectem essas atividades a potências estrangeiras ou tecnologia extraterrestre.
Testemunhas descreveram fenômenos variados, incluindo luzes misteriosas, objetos esféricos e até uma figura “em forma de água-viva com luzes piscando”. Apesar do fascínio, o relatório enfatiza que nenhum ferimento ou acidente foi registrado em qualquer um dos casos analisados.
O relatório surge em meio a pressões do Congresso por maior transparência sobre fenômenos anômalos não identificados (UAPs, na sigla em inglês). Durante uma audiência na Câmara dos Deputados, legisladores discutiram a necessidade de respostas mais claras sobre inteligência alienígena, avanços tecnológicos e possíveis atividades de espionagem de potências estrangeiras.
Especialistas reforçaram que os esforços do governo visam priorizar a segurança nacional e a aviação, em vez de explorar teorias de ficção científica. O AARO reafirmou que não encontrou evidências de seres ou tecnologias de origem extraterrestre.